Paulo Lacerda, ex-todo-poderoso da Polícia Federal e agora mandachuva da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), vai aguardar em casa as investigações sobre os grampos espalhados Esplanada afora. Mas o chefe dele está na fogueira. O general Jorge Félix presta contas à CPI dos Grampos. Ele conjugao verbo depor. Militar aplicado, tem dois cuidados.
Um: a regência do dissílabo. Quem depõe depõe em algum lugar: O general depôs na CPI dos Grampos. O suspeito deporá na delegacia. O acusado depõe em juízo.
O outro: a conjugação. Depor arma ciladas na flexão. A mais visível refere-se ao futuro do subjuntivo. Se eu depor ou se eu depuser? A tendência da moçada é escolher a forma mais curta. Bobeia. Esse tempo deriva da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo menos o -am final. Assim:
Pretérito perfeito: eu depus, ele depôs, nós depusemos eles depuser(am).
Futuro do subjuntivo: se eu depuser, ele depuser, nós depusermos, eles depuserem.