Dilma nos States

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A história se repete ano após ano. Por tradição, o presidente brasileiro abre os trabalhos da Assembleia Geral da ONU. Este ano não fugiu à regra. Dilma Rousseff desembarcou em Nova York com discurso, bagagem e comitiva. Tampouco fugiram da regra os maus-tratos à língua. A vítima, como sempre, foi a concordância.

Nos noticiários e entrevistas, Estados Unidos ganharam destaque. E, com eles, o convívio nada amistoso com o verbo. Foi um tal de “Os Estados Unidos recebeu…”, “Os Estados Unidos vai eleger…”, “Os Estados Unidos se preparou…”, etc. e tal. A moçada se esquece de regra aprendida lá longe, na escola primária.

Nomes próprios escritos no plural têm manha muito particular. Com eles, quem canta de galo é o artigo. O verbo concorda com o pequenino. Na ausência do monossílabo, o singular pede passagem: Os Estados Unidos vão eleger o presidente da República em novembro. Os Andes ficam na América do Sul. O Palmeiras disputa o Brasileirão. Minas Gerais quer exportar o queijo que leva seu nome.