Dia das Mães (4)

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A possessiva
 
Quando o mundo nasceu, há muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitos e muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitos anos, os poderosos o dividiram em três reinos. O primeiro era o Olimpo. Ali viviam os deuses e heróis. Zeus mandava por lá. O segundo eram os oceanos. Nos mares, rios, lagos e fontes, reinava Posêidon. Ele dominava peixes, jacarés, tubarões, lobos-marinhos. O último era o Inferno. Hades governava o pedaço. Todas as pessoas que morriam iam para aquele lugar.
 
Um dia Hades veio dar uma voltinha na Terra. Viu Perséfone. Apaixonou-se. Ela vivia no Olimpo. A mãe, Deméter, não a deixava sozinha nem um minuto. Sem desanimar, Hades ficou de olho na moça. Uma tarde, as duas foram passear no jardim. A jovem decidiu colher flores. Aí, ops! O chão se abriu e a devorou.
 
Deméter procurou a bela durante nove dias e nove noites. Não a encontrou. Inconformada, consultou Hélio, o sol, que tudo vê. Ele sentiu muita pena da mãe. Falou-lhe do rapto. A deusa da agricultura disse que não voltaria ao Olimpo sem a filha. Deixou de cumprir os deveres. Faltou comida. Os humanos passaram fome. Hermes, mensageiro de Zeus, prometeu trazer Perséfone de volta. Com uma condição: que ela não tivesse provado alimento dos mortos.
 
A moça voltou. Mas ficou pouco tempo. Havia comido sementes de romã. Hades a levou de volta. Zeus, então, arranjou uma saída. Todos os anos, Perséfone fica com a mãe durante nove meses. A Terra festeja com a primavera, o verão e o outono. Nos outros três, a bela fica com o marido. Nesse período, a Terra se cobre de gelo. Os grãos não crescem. É o inverno.