Dia das Mães (2)

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A coruja

 
Dona Coruja e dona Águia viviam se estranhando. A razão: dona Águia devorava os filhotes de dona Coruja dia sim e outro também. Com pena do sofrimento da mãe, a bicharada intermediou o conflito. Afinal, havia tanto alimento na floresta que a comilona podia variar o banquete. A rainha das aves aceitou buscar outras iguarias. Mas como reconhecer as corujinhas? Filhotes são tão parecidos… Dona Coruja dirimiu a dúvida:
 
— Ora, os meus pequenos são os mais lindos do planeta. A penugem deles brilha. Os olhos faíscam. O corpo é cheio de graça. Ah, uma beleza só.
 
Um mês depois, dona Águia voava meio sem rumo. Morta de fome, encontrou três filhotes num ninho. Eram feios, cinzentos e desengonçados. Devorou-os com prazer. Quando dona Coruja voltou pra casa, ops! Cadê? Furiosa, procurou dona Coruja:
 
— Traidora. Você não cumpriu a palavra. Comeu meus lindinhos!
 
— O quê? Aqueles monstros eram os seus filhotes? Sinto muito. De lindos eles não tinham nada.