As senhoras do mundo
Há mães e mães. Algumas jovens, outras maduras. Existem as moderninhas e as tradicionais. Muitas disputam palmo a palmo posições no mercado de trabalho. Outras tantas adoram ser donas de casa. Não faltam as que fazem a festa de joalherias e butiques. Tampouco as adeptas da calça jeans e camiseta. Submissas circulam por aí com discrição ou escancaradas em burcas. Feministas pisam duro, falam alto, impõem direitos.
Mas, como diz o outro, mãe é mãe. No mar de diversidade, sobressaem unidades. Três denominadores comuns saltam aos olhos. Um: a corujice. Para ela urubu é branco. O outro: a proteção. Para a criatura que doa vida, o filho é sempre criança. O último: a posse. Ela dá asas ao pássaro, mas não admite que voe para longe.
A ficção criou personagens que simbolizam as marcas universais das senhoras do mundo. Fábulas mostram animais com as qualidades e defeitos humanos. A mitologia conta histórias que resgatam os arquétipos de todos nós. Os tempos passam, mas dona Coruja, Tétis e Demeter continuam presentes. Elas povoaram a imaginação da nossa mãe, da mãe da nossa mãe, da mãe da mãe da nossa mãe. E a nossa.