Carlos Alessandro é argentino. Estudou português em Buenos Aires. Chegando ao Rio, foi apanhado de surpresa. “Nas perguntas”, diz ele, “escuto um quê a mais. Parece-me estranho. O intruso não sobra?”
Sim e não. Na língua coloquial, a que Monteiro Lobato disse andar de mangas de camisa, bermuda e chinelos, não. Na língua formal, escrita por juízes, administradores públicos, documentos legislativos, sim: De quem (que) você gosta mais? Quando (que) você vai viajar? Como (que) você fez isso? O que (que) você quer?
Deu pra perceber? Na hora do terno e gravata, dispense o quezinho. No momento da descontratação, do chopinho, do bate-papo sem compromisso, ele pode freqüentar a roda. É bem-vindo.