A Operação Caixa de Pandora trouxe palavras ao cartaz. Uma delas: panetone, claro. Envolvidos no escândalo disseram que o dinheiro se destinava à compra da delícia para os pobres. Verdade ou não, ninguém sabe. O que se sabe é que o polissílabo nasceu na Itália. Na língua de Dante, chama-se panettóne. Os amantes de carochinhas inventaram um conto pra lá de criativo.
Dizem que o nome tem a ver com o inventor. O ajudante de cozinha chamado Toni tirou o patrão de uma senhora enrascada. Ludovico Moro, ricaço milanês, oferecia um banquete. O bolo era a grande atração. Mas a montanha de massa desmoronou. Toni improvisou o bolo com frutas cristalizadas e passas. Os convidados adoraram. O dono da casa, então, homenageou o cozinheiro. “Viva o pão de Toni” (pane di Toni).