De roupa nova

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Os monumentos mais lindos das cidades se vestem de rosa. É a cor que simboliza o feminino. Com ela, chamam a atenção para a importância de prevenir o câncer de mama. A novidade surpreende. Impõe uma pausa e faz pensar. Ninguém pode ignorá-la. Mas nem tudo é festa. Na euforia da criação do novo visual, pintou uma dúvida na cabeça dos organizadores: cor-de-rosa se grafa com hífen?

Sim. O trio escapou da caçada aos tracinhos promovida pela reforma ortográfica. Vocábulos compostos de três ou mais palavras ligadas por preposição, conjunção, pronome tinham hífen. Mas deixaram de ter. É o caso de pé de moleque, mula sem cabeça, tomara que caia, bicho de sete cabeças, mão de obra, testa de ferro, pé de galinha (ruga). E por aí vai. A lei citou exceções. Entre elas, sobressaem cor-de-rosa, água-de-colônia e pé-de-meia.

Olho vivo 1

As demais cores ficaram livres e soltas: cor de laranja, cor de vinho, cor de gelo.

Olho vivo 2

Palavras que designam seres dos reinos animal e vegetal ficaram de fora da caçada. Escrevem-se como sempre se escreveram: castanha-do-pará, castanha-do-brasil, pimenta-do-reino, cana-de-açúcar, joão-de-barro, canário-da-terra.