O futuro a Deus pertence? Pode ser. Mas a língua é nossa. Para usá-la, existem regras. A indicação do porvir pode ser feita de duas formas. Uma: o futuro simples (contribuirá). A outra: o futuro composto (vai contribuir). Assim — com o verbo ir no presente. Nunca no futuro como disse o ministro:
— O governo federal, no que puder contribuir, irá contribuir.
Xô, dose dupla! O governo vai contribuir? Contribuirá? Que contribua. Sem enrolação. E sem bombardear o idioma nosso de todos os dias.