Heder Noronha escreve: “Sou servidor público do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte – Dnit, autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes, criada pela Lei 10.233/2001. Esse Departamento possui, segundo estrutura estabelecida pela lei, as diretorias de Infra-Estrutura Rodoviária e a Diretoria de Infra-Estrutura Ferroviária, entre outras. Considerando que o nome da entidade pública e das unidades internas constam da lei, penso que é correto continuar a grafá-lo com hífen até que nova lei lhe altere a grafia. Por seu lado, ao me referir à infraestrutura rodoviária brasileira, por exemplo, grafo sem o hífen por tratar-se de substantivo comum, sujeito às novas regras. Estou correto?”
Corretíssimo, Noronha. Vigora para o substantivo próprio a regra do jogo do bicho. Vale o que está escrito. Se o nome está registrado com acento, mantém o grampo ou o chapéu. Se com hífen, mantém o tracinho. Dulcineia serve de exemplo. A personagem de Dom Quixote se escreve sem acento. A razão: a reforma ortográfica cassou o agudo dos ditongos abertos nas paroxítonas (ideia, assembleia, apneia). Mas, se uma pessoa se chama Dulcinéia e a certidão de nascimento registra o nome segundo as antigas regras, o grampinho continua firme e forte.

