Concurseiros em pé de guerra 2

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Ontem o blog apresentou este desafio:
 
A UPE , univeridade estadual de Pernambuco, promoveu concurso pra bibliotecário da prefeitura de Olinda. Ao divulgar o gabarito, uma resposta pôs os concurseiros em pé de guerra. Eles não aceitaram a resposta considerada certa — a A. Maria de Jesus, uma das interessadas, pediu ajuda ao blog. “Será que a banca está certa e todos nós errados?” Eis a questão:
 

Filosofia dos epitáfios
 

“Saí, afastando-me do grupo, e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos.” (Machado de Assis)
 

Do ponto de vista da tipologia textual, é CORRETO afirmar que o texto “Filosofia dos epitáfios”, é predominantemente:

A) dissertativo

 
B) descritivo

 
C) narrativo
 
D) narrativo, com uso do discurso indireto
 
E) descritivo, com uso do discurso direto

 
E daí? A banca examinadora está certa? Faça a sua aposta:
 
a. sim
 
b. não
 
Narração, descrição e dissertação têm verbos que as caracterizam:
 
Na narração, o autor conta uma história ou um fato. É como se respondesse à pergunta “o que aconteceu”? A resposta exigirá verbos de ação: Nariman viajou até o Líbano para arranjar marido. Lá conheceu o rapaz que parecia gente boa. Casaram-se. Um ano depois, tiveram um filho. Ela, grávida do segundo, teve de fugir de casa. A razão: o marido a ameaçava de morte.
 
Na descrição, o autor mostra, com palavras, uma pessoa, uma casa, um móvel, uma paisagem. Responde à pergunta “como ele é?” Na resposta, aparecerão adjetivos ou substantivos que caracterizam o ser: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte”, escreveu Euclides da Cunha. 
 
Na dissertação, o autor defende um ponto de vista. Conjuga os verbos provar ou demonstrar. No texto em questão, Machado defende a tese de que os epitáfios  ajudam a manter vivo algo dos que se foram.