Os psicólogos explicam: “Quem quer faz. Quem não quer tenta”. É por isso que os políticos morrem de amores pelo dissílabo. É um tal de vou tentar fazer, vou tentar conseguir, vou tentar liberar, vou tentar resolver. E por aí vai. Cobrados, os demagogos têm a resposta na ponta da língua: “Tentei, mas não obtive êxito. Vou tentar de novo”. Você acredita? Eu não.
Tentar tem uma multidão de fãs. Eles jogam no time dos que empurram com a barriga. Deixam pra amanhã o que podem fazer hoje. Se possível, pra depois de amanhã. Com um jeitinho, pro Dia de São Nunca. Quem quer ser convincente tem de ser afirmativo. Manda o tentar pras cucuias. Sem ele, a promessa convence: Vou fazer o empréstimo. Vou conseguir a informação. Vou liberar os documentos. Vou resolver o problema do endividamento das famílias.