O calendário, como o sol, não discrimina. Passa para nobres e plebeus. A criança de sangue azul crescerá. De recém-nascida virará bebê. Aí, as feministas entram na arena. Antes, bebê era masculino. Ele era o bebê. Ela também — o bebê.
Mas os tempos mudaram. Antes de imporem presidenta, as defensoras da visibilidade feminina exigiram que se marcasse o sexo das meninas. Bateram pé e levaram. Até o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa se curvou. Garotinho é o bebê. Garotinha, a bebê.