Flatônio José da Silva escreve:
No título “Crise não é de Brasília nem do PT” (Política, p. 3, 13/4), saiu este texto: “Se eu tivesse qualquer ligação com Carlinhos Cachoeira, a quem o senador [Demóstenes Torres] atendia aos interesses, como os diálogos apontam, esse embate político não existiria”. Corrigindo: Se eu tivesse qualquer ligação com Carlinhos Cachoeira, a cujos interesses o senador [Demóstenes Torres] atendia, como os diálogos apontam, esse embate político não existiria. Explicação – Existe certa resistência ao uso do pronome relativo cujo, que equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais e liga dois termos diferentes, desde que esteja clara a ideia de posse.
No caso sob exame, o termo antecedente, possuidor (Carlinhos Cachoeira), é diferente do termo consequente, possuído (interesses), existe equivalência com do qual: …Carlinhos Cachoeira, do qual o senador [Demóstenes Torres] atendia aos interesses e está clara a ideia de posse: os interesses são de Carlinhos Cachoeira. Note que a preposição “a” antes de “cujo” é exigência do verbo “atender” (atende-se a alguma coisa).