Brasília parou. Manifestações fecham ruas e impedem o ir e vir da população. O assunto ganhou manchete do Correio Braziliense. “Cidade refém de protestos”, diz o texto. Leitores interessados na notícia e na língua, pararam, pensaram e perguntaram: “Por que reféns tem acento e hifens não? Ambas as palavras terminam em ens.
A resposta tem tudo a ver com um dos caprichos da língua. Desde que o português nasceu, lá pelo século 12, oxítonas e paroxítonas fizeram um acordo. Eis o acerto: o que acontece com umas não acontece com as outras. Ora, se a oxítona reféns exibe o grampinho, a paroxítona hifens o dispensa. No plural não ocorre coincidência. Vem, acento: hífen (hifens), éden (edens).