Há alegrias e alegrias. Existem pessoas com alegria discreta. Os olhos brilham. O sorriso se esboça. O corpo ganha leveza. Como o todo fala, a voz se torna dispensável. Existem também as criaturas com a alegria espaçosa. Gargalham. Falam alto. Pertencem ao tipo “cheguei”.
Se pendurarem melancia no pescoço, não aparecerão tanto. São esfuziantes. Com z. Sabe por quê? A palavra vem de fuzil. As criaturas são tão ruidosas quanto rajadas de fuzil. Que Deus nos proteja. E proteja, sobretudo, nossos pobres ouvidos. A otite está à espreita.