Categoria: Grafia
“O Corpo de Bombeiros atendeu 27 ocorrências de mau súbito”, escreveu o jornal pós-manifestações. Ops! Pisamos a grafia. O contrário de mau é bom; de mal, bem. Melhor: O Corpo de Bombeiros atendeu 27 ocorrências de mal súbito. Mais confusão Vamos combinar? O u e o l causam estragos. Em fim de sílaba, eles soam do mesmo jeitinho. Resultado: o troca-troca faz a festa. Cauda […]
Cinquenta, filhote do latim quinquaginta, não tem nenhum parentesco com cinco. Daí só ter a forma cinquenta, com q. Escrever cincoenta? Nãooooooooooooooooo! Xô!
Valha-nos, Deus! Cadê o dinheiro? A inflação comeu. O mês ficou compriiiiiiiiiiiido e o salário, curtinho. Sem juízo, o estômago mantém o hábito. Quer as três refeições. O jeito? É dar um jeito. Um deles: trocar produtos mais caros por outros mais baratos. É o caso da carne. “A vermelhinha está pela hora da morte”, reclamou a freguesa do supermercado. Atento, o vendedor lhe apresentou […]
Eu fiz. Eu quis. Ops! O som é o mesmo. Mas a grafia não. Por quê? A resposta está no nome do verbo. No infinito aparece z? Então, não duvide. Sempre que o fonema z soar, dê a vez à lanterninha do alfabeto. Sem o z, o s pede passagem. Compare: Fazer — faz, fazemos, fazem, fiz, fez, fizemos, fizeram, fizer, fizermos, fizerem, fizesse, […]
Mal x mau “O Corpo de Bombeiros atendeu 27 ocorrências de mau súbito”, escrevemos na pág. 3 do Correio. A leitora Sílvia Tarantino reclamou. Com razão. Pisamos a grafia. O contrário de mau é bom; de mal, bem. Melhor: O Corpo de Bombeiros atendeu 27 ocorrências de mal súbito.
Leitores pediram. Querem dicas para o emprego dos porquês. Ora o porquê aparece junto. Ora, separado. Ora com acento. Ora sem o chapeuzinho. Não há quem não hesite na hora de escrever uma forma ou outra. Muitos chutam. Mas, como a língua não é loteria, a Lei de Murphy entra em vigor. O que pode dar errado dá. Melhor não correr riscos. O caminho é […]
Hífen Nome próprio é majestoso. Antecedido de prefixo, exige hífen. A razão é simples como andar pra frente. A língua portuguesa não tem letra maiúscula no meio da palavra: anti-Dilma, pró-Dilma, super-Dilma, sub-Dilma.
Nós e a língua Quer exemplo de tolerância? Inspire-se na língua. Ela dá um boi pra não entrar na briga e uma boiada pra ficar fora. Por isso conjuga o verbo negociar. Vale o exemplo da secretária a quem o chefe pediu que preenchesse um cheque de R$ 600. “Como se escreve seiscentos?”, pergunta ela. “Faça dois cheques de R$ 300”, responde o patrão. “Seiscentos […]