Categoria: Geral
Bill Gates deixou a Microsoft. O fato virou manchete. Jornais, rádios e tevês lhe abriram senhores espaços. Mas o anúncio deixou muita gente encucada. Alguns repórteres diziam que o terceiro homem mais rico do mundo “se aposentou”. Outros diziam simplesmente “aposentou”. E daí? Trata-se do calo do verbo pronominal. Imagine a cena. O presidente da República pede cadeia nacional de televisão. Em pleno horário nobre, […]
Harmonizar a linguagem do corpo com as palavras. Ao falar, a gente se comunica por inteiro. A expressão do rosto, os gestos, o olhar, a respiração, a voz, a maneira de vestir-se, tudo conta. Segundo pesquisa da Universidade de Stanford, o corpo responde por 45% da mensagem; o tom da voz, 20%; as palavras, 35%.
“Trabalhar pra quê?’’, pergunta a capa do suplemento Emprego. A questão gerou polvorosa. Leitores e curiosos estranharam uma palavrinha. A turma se dividiu em dois grupos. Um recusava o circunflexo do quê. O outro pedia acento. E daí? O quê é grande criador de caso. Não cansa de provocar dores de cabeça nos pobres tupiniquins. Recursos não lhe faltam. De um lado, […]
“Entre duas palavras, escolha sempre a mais simples; entre duas palavras simples, escolha a mais curta.”
Locutor: — Quem ligar agora e fizer uma frase com uma palavra que não exista no dicionário, ganha duas entradas para o cinema. — Alô! Quem é? Ouvinte: — Sérgio, do Jardim Magnólia. Locutor: — Olá, Sérgio. Já conhece a brincadeira ? Qual a sua palavra? Ouvinte: — A palavra é vaice. Locutor: — Vaice? Como se escreve […]
Antigamente eram todos o bebê. Hoje as mulheres são poderosas. Exigem visibilidade desde pequenas. Por isso, diga a bebê se a criança for menininha. E o bebê se menininho. As bebês, orgulhosas, agradecem.
João Jr. leu. Duvidou dos próprios olhos. Leu de novo. Era verdade. Estava lá, na capa do Diário do Sul: ‘‘Cadáver encontrado morto em Sangão’’. Depois do susto, ele deu gargalhadas. E concluiu: se alguém encontrar um cadáver vivo, dê asas aos pés. É assombração.
Pra é forma preguiçosa da preposição para. Uma e outra se usam do mesmo jeitinho: Vou para São Paulo.Vou pra São Paulo.Vai para lá e para cá.Vai pra lá e pra cá. Pra frente, Brasil.Vou me embora pra Pasárgada.Vou me embora para Pasárgada. Viu? As duas são átonas. Não aceitam grampinho nem com reza braba. Xô! Xô! Xô!
Lúcia Faria leu “semi-analfabeto”. Achou esquisito. “No meu entender”, disse ela, “ou se é analfabeto ou alfabetizado. Talvez semi-alfabetizado. Certo?” Certíssimo. Semi-analfabeto joga no time do “mais ou menos grávida”. A pessoa pode ter sido mal-alfabetizada. Daí o semi-alfabetizada.
Rafael adora ler ler faixas e cartazes. Mas eles não se entendem. A grande vítima é a locução a partir. Ora as duas palavras aparecem escritas juntas. Ora separadas. Qual é a delas? Guarde isto, Rafael: a partir quer dizer a começar. Ninguém escreve a começar junto. A partir vai atrás. O a pra cá, o partir pra lá: Compre e pague a partir de […]