Categoria: Geral
Eles disseram “Menino, peço-te a graça / de não fazer mais poema / de Natal. / Uns dois ou três, inda passa…/ Industrializar o tema, / eis o mal.” (Carlos Drummond de Andrade) * “A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio do coração e aquece com ternura o coração dos que nos acompanham na caminhada pela vida desconhecida.” (anônimo) * “Melhor […]
“DOISMIL E DEZ DOIS MIL E DEUS!” (Heleno Nunes) “Menino, peço-te a graça / de não fazer mais poema / de Natal. / Uns dois ou três, inda passa…/ Industrializar o tema, / eis o mal.” (Carlos Drummond de Andrade) “A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio do coração e aquece com ternura o coração dos que nos […]
O Natal vem aí. Faltam poucas horas para a festança. O corre-corre já começou. A lista de presentes, visitas, cartões não tem fim. É um deus nos acuda. Nada pode faltar. Ninguém deve ficar de fora. A coluna, atenta às apreensões dos leitores, dá duas sugestões. Uma: caia fora. Fuja do estresse. Só volte quando o último pisca-pisca estiver apagado. A outra: […]
O Natal vem aí. Faltam poucas horas para a festança. O corre-corre já começou. A lista de presentes, visitas, cartões não tem fim. É um deus nos acuda. Nada pode faltar. Ninguém deve ficar de fora. A coluna, atenta às apreensões dos leitores, dá duas sugestões. Uma: caia fora. Fuja do estresse. Só volte quando o último pisca-pisca estiver apagado. A outra: […]
Saiu na capa do Correio Braziliense: “Consultores apontam os prós e os contras de se investir numa especialização em negócios”. Leitores atentos estranharam a construção. Não entenderam o papel do se. Ele parece penetra na frase. Será? Sem dúvida. O monossílabo dificilmente tem vez com o infinitivo. Quer ver? Para obter sucesso (não: para se obter); a forma mais exitosa de decorar a […]
João Marcelo não estudou. Preferiu ouvir música. A professora não o poupou. Foi o primeiro chamado para a prova oral. Olho no olho, ela perguntou: — João Marcelo, me diga dois pronomes. — Quem? Eu? — Parabéns. Nota 10.
Carmela Macedo escreve: “Fim de ano é época de presentes, que vão acompanhados de cartão. Na hora de escrever a mensagem, a dúvida bate. Aconteceu comigo. Comprei um livro e redigi esta dedicatória: `Espero que o livro possa contribuir…´ para ou com?” Contribuir para significa concorrer para chegar a determinado fim: Espero que o livro possa contribuir para seu sucesso. O luxo […]
Na época do Natal, o coração fica molinho, molinho. Creches, asilos, instituições de caridade fazem a festa. O verbo doar vira vedete. Em evidência, ele impõe cuidados. Na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, dobra o o. Com a reforma ortográfica, perdeu o chapéu. As demais pessoas nunca tiveram acento: eu doo, ele doa, nós doamos, eles doam.
Quem pede quer ser atendido. Pra não se frustrar, uma condição se impõe: ao pedir, construa o verbo com objeto direto de coisa e indireto de pessoa. Veja: Maria pediu uma bicileta (obj. direto) a Papai Noel (obj. indireto). A mãe pede ao filho (obj. indireto) que não abuse do bom velhinho (obj.direto). Cuidado, pidão. Só use pedir para se estiver expressa […]
Quer ter um texto enxuto? Siga a dica de George Simenon: “Corto adjetivos, advérbios e todo tipo de palavra que está lá só para fazer efeito”. Exemplo? Ei-lo: (Geralmente) faço meu (importante e indispensável) trabalho com o auxílio de (dedicados e competentes) empregados da empresa.