Leitor encucado

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 Acabei de ouvir  na abertura do especial Tim Maia: “Os Estados Unidos descobriu o novo ritmo”. Não deveriam ter dito “descobriram”? (Henrique Santana)   Claro que sim. Nomes próprios no plural constituem verdadeira armadilha. Acompanhados de artigo, concordam com o artigo. Sem o pequenino, ficam no singular: Os Estados Unidos descobriram o cantor. O Palmeiras caiu pra segunda divisão. Minas Gerais fica na Região Sudeste. […]

Que tal?

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As aparências enganam. E como! Vale o exemplo de tal. As três letrinhas parecem inofensivas. Mas não são. Roubam pontos em concursos, adiam promoções, destroem amores. A razão: muitos ignoram que as danadinhas se flexionam. Concordam em número com o substantivo a que se referem: Que tal o filme? Que tais os filmes? Que tais as férias? Foi difícil escolher os novos óculos tais as […]

Já era

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Ufa! O corre-corre do fim do ano passou. Adeus, lembrancinhas! Adeus, ceias! Adeus, entradas e saídas! O estresse mudou de objeto. É hora de chegadas e partidas. Natal e ano-novo cederam o lugar para férias e viagem. Com elas, duas dicas pra lá de bem-vindas. Uma trata de número. A outra, de grafia. Férias joga no time de óculos. A dupla só existe no plural […]

Leitor pergunta

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Li a seguinte frase de Nietzsche: “É preciso ter em mente que nenhum de nossos atos se perdem no esquecimento, ao contrário, ecoam na eternidade através de suas consequências e do exemplo que imprimem nos corações e mentes”. Chamou-me a atenção o fato de que o verbo “perdem” se encontra no plural, juntamente com “ecoam” e “imprimem”. Está correto? São as traduções malfeitas, não? Você […]

Espada de Dâmocles sobre a reforma ortográfica (7)

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Vacilantes As onomatopeias não eram as únicas criaturas vacilantes. Outras lhes faziam companhia. Não, sem e geral são algumas delas. Ora as palavras com elas escritas apareciam com hífen, ora sem. Que confusão! Ninguém merece. A reforma as pôs nos trilhos. Uniformizou o uso do tracinho. Agora é assim: Não dispensa o elo: não ingerência, não interferência, não fumante, não ativista. Sem exige o hífen: […]

Espada de Dâmocles sobre a reforma ortográfica (5)

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O que mudou (2) Prefixos: três regras de ouro 1. O h, majestoso, não se mistura. Exige hífen pra ficar um lá e outro cá: anti-higiênico, super-homem, pré-homérico, micro-história. 2. Os iguais se rejeitam. Duas letras iguais dão curto-circuito. Melhor separá-las: contra-ataque, micro-ondas, super-região, anti-imperialismo, auto-orientação. Os diferentes se atraem. Letras diferentes funcionam como ímã. Colam-se: autoescola, supermercado, minissaia, contrarregra, antieconômico. Curiosidade Co – e […]