O texto falado exige, além da clareza, concisão, simplicidade, ritmo e os demais atributos do escrito, cuidado na pronúncia. Tropeço nos sons ou nas sílabas tônicas se amplia ao falar em voz alta. Convém tirar as ciladas do caminho. Assim:
1. Pronuncie bem todas as letras. Três armadilhas fazem três vítimas:
R final: correr, cair, sentir.
S final: vestidos, sapatos, choros.
Ditongos: goleiro, sanfoneiro, pioneiro, plateia, cabeleireiro
2. Não acrescente sons em fim de sílabas: advogado (não: adivogado), optar (não: opitar), fez (não: feiz), beneficência, beneficente (não: beneficiência, beneficiente), absoluto (não: abisoluto), aficionado (não: aficcionado), prazeroso (não: prazeiroso).
3. Não troque sons: problema (não: probrema), estupro (não: estrupo), mendigo (não: mendingo), encapuzado (não: encapuçado), subsídio (como subsolo), identidade (não: indentidade).
4. Não transforme ditongos em hiatos: gratuito (não: gratuíto), fortuito (não: fortuíto).
5. Não confunda a terminação dos verbos terminados em -uir: a terceira pessoa do singular do presente do indicativo termina com i: ele possui, ele contribui, ele retribui, ele diminui, ele atribui (não: possue, contribue & cia. indesejada).
6. Não presenteie formas dos verbos terminados em -ear com o i: passear, frear, cear & cia. têm um capricho. O nós e o vós dos presentes do indicativo e subjuntivo dispensam o izinho que aparece nas demais pessoas. Dê-lhe crédito: eu passeio, (freio, ceio) ele passeia (freia, ceia), nós passeamos (freamos,ceamos), vós passeais (freais, ceais) eles passeiam (freiam, ceiam).