Caixa-preta, pra que te quero?

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Que triste! Avião da Germanwinds caiu nos Alpes franceses. Morreram 150 pessoas. Entre elas, turminha de adolescentes que faziam intercâmbio. O que provocou a tragédia? Há hipóteses. Fala-se em ato terrorista. Mas a certeza só virá com as completas revelações da caixa-preta. Caixa-preta? É só o nome. Ela é laranja. A cor viva torna-a mais visível.

Por falar em laranja…

A reforma ortográfica fez artes na língua. Uma delas: cassou o hífen de palavras compostas de três vocábulos ou mais ligados por preposição, conjunção, pronome. É o caso de pé de moleque, mula sem cabeça, dor de cotovelo, tomara que caia, mão de obra, testa de ferro. É o caso também do triozinho de cores: cor de laranja, cor de gelo, cor de marfim.

Exceção? Só uma. É cor-de-rosa. A cor preferida de menininhas e meninonas mantém o tracinho. Por quê? A lei que tratou da reforma ortográfica a citou como exceção. Citou também água-de-colônia e pé-de- meia (poupança).

Sem generalização

Na língua nem todos são iguais perante a lei. Existem os mais iguais. A reforma ortográfica poupou as composições de seres dos reinos animal e vegetal: joão-de-barro, bicho-de-pé, cana-de-açúcar, pimenta-do-reino, castanha-do-pará.