Alfândega
Márcio Cotrim
Palavra que tem berço no árabe al-fundaq, hospedaria, estalagem. A mesma coisa que aduana, também do berço árabe ad-diwan, registro, escritório, repartição governamental que controle o movimento de entradas e saídas de mercadorias para o exterior ou dele provenientes, responsável, inclusive, pela cobrança dos respectivos impostos de importação e exportação.
Quando viajamos para o exterior, preocupamo-nos com o que vamos comprar lá fora, pois, no retorno, temos que enfrentar a alfândega no aeroporto e aí, se solicitados pela fiscalização, mostrar publicamente o que trouxemos. Nesse momento, só resta torcer para que o fiscal seja bonzinho na revista de nossas tralhas.
A propósito, ficou inesquecível o desembarque da seleção de futebol campeã do mundo em 1994. A bagagem trazida por jogadores e dirigentes – principalmente estes – era tão gigantesca que e a CBF teria que pagar quantia astronômica por ela. Mas, como não é incomum neste país macunaímico, falou mais alto o jeitinho brasileiro e todos passaram lampeiros e serelepes ao encontro dos amigos, parentes e de uma torcida alucinada. Quem perdeu o jogo foi a alfândega.