Vantuir, de Belô, escreve: “Estou com dúvida a respeito da palavra autoescola. Ora a vejo escrita com hífen. Ora colada. Que confusão! Pode me ajudar?”
Ventuir, a reforma ortográfica deixou montões de dúvidas a respeito do hífen. Só com a publicação do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (possívelmente neste mês) se jogará luz sobre a escuridão. Mas nem tudo são trevas. Há duas regras pra lá de produtivas. Em síntese, elas dizem o seguinte: Os iguais se rejeitam. Os diferentes se atraem.
Em bom português: se o prefixo é seguido por palavra começada pela mesma letra com que ele acaba, usa-se o tracinho. Se as letras forem diferentes, a dupla se une. Vamos ao seu exemplo. Auto termina com o. Escola começa com e. São letras diferentes. Atraem-se (autoescola, autodidata, autoajuda). Seguido de o, separam-se (auto-organização).
A regra vale para os demais prefixos. Compare: supermercado e super-regional, antipatriota e anti-imperialismo, subestação e sub-bloco, microssistema e micro-ondas, miniempresa e mini-inimigo. .