Autor: Dad Squarisi
A novela das cadeirinhas ganhou novo capítulo. Os pais respiram aliviados. Têm prazo até setembro pra se adequar. Quem não respira aliviado é a língua. O verbo adiar lhe rouba o ar. Sabe por quê? Muitos dizem adiar pra depois. Maltratam o português. Ninguém adia pra antes. Adiar é sempre pra depois. Logo, o depois sobra. Basta adiar. Assim: A obrigatoriedade da cadeirinha […]
Amigos, há um montão de perguntas nos comentários. Não pude respondê-las. Vou fazê-lo no fim de semana. Desculpem-me.
Forró ganhou fama, mas não dormiu na cama. Avançou mundo afora. Em festa alegre, o ritmo não pode faltar. Rebolados e coreografias são pura sensualidade. Especulações a respeito da origem da palavra pintaram a torto e a direito. Uma delas dizia que a dissílaba seria deturpação de “for all”. Os americanos que moravam na base aérea de Parnamirim, em Natal, ofereceriam festas. Umas, pra […]
Vale a curiosidade. Arraial é meio camaleão. Às vezes quer dizer acampamento militar. Outras, lugar de festas populares. Outras, ainda, um pequenino lugar do interior. Antes de chegar à forma de agora, a palavra teve outras caras. Uma delas é arreal. Tudo indica que arraial veio de real. Real vem de rei. No começo, arraial era o acampamento do rei.
Na Copa, três verbos serão pra lá de conjugados. São ganhar, perder e empatar. Que tal relembrar a regência das vedetes do mês? (Carlos Sapira) Na prática esportiva, há três resultados possíveis. Um: ganhar. Outro: empatar. O indesejado: perder. Ganhe, empate ou perca, seja elegante. Use a preposição correta: O time ganha de outro por ou de: O Brasil ganhará da Coreia por 3 […]
É Copa pra lá, Copa pra cá. A cidade se enfeita. Janelas, vitrines, quadras, praças exibem as cores do Brasil. As pessoas vão atrás. Homens, mulheres e crianças vestem camisetas, calções, biquínis verde-amarelos. O marketing, claro, explora o assunto à exaustão. Bancos, bebidas, carros só falam naquilo. As cervejas são pra lá de agressivas. Divulgam as vantagens das louras geladas. Vale tudo — mulher bonita, […]
“O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive.”
Lia, professora da rede pública de ensino, convive com velha e conhecida realidade. Boa parte dos alunos escrevem mal. Falta-lhes desenvoltura na exposição das ideias. “Por quê?”, pergunta ela. Há muitas razões. Uma delas: pouco convívio com a escrita — lemos pouco (1,8 livro por ano; na França, 5) e escrevemos pouco. O sistema escolar precário oferece pouca oportunidade de redigir (média: 4 redações anuais). […]