Autor: Dad Squarisi
Embaixadores, conselheiros, secretários sírios são considerados personas non gratas mundo afora. Usadas em linguagem diplomática, as três palavras informam que a pessoa não é bem-aceita por um governo estrangeiro. Deve fazer as malas, bater asas e voar. Dura lex, sed lex? Está na cara, não? A lei é dura, mas é lei.
Ideia sui generis? É isto: ímpar, sem igual.
O professor manda o aluno copiar o texto ipsis litteris. Isto é, textualmente — sem tirar nem pôr.
Carpe diem dá o recado curto e grosso: aproveita o dia de hoje. A vida é curta; a morte, certa.
A polícia prende o suspeito. Ordem judicial manda soltá-lo. É que o sabido entrou com pedido de habeas corpus. A expressão jurídica, antiga como o rascunho da Bíblia, quer dizer “que tenhas o corpo para apresentá-lo ao tribunal”. Na prática, tem duas funções: pôr em liberdade quem estiver ilegalmente preso. A outra: garantir a liberdade de quem estiver ameaçado de perdê-la.
Quem nos dera! Para ostentar o título de doutor, a maioria dos mortais precisa ralar. Mas pessoas ilustres chegam lá sem exame. Tornam-se doutores honoris causa. Em bom português: doutores pela honra.
Reverência Criaturas tão íntimas merecem tratamento respeitoso. A reverência impõe duas condições. Uma: grafá-las como manda a norma culta. A outra: dominar-lhes o significado. Vamos lá? Demissível ad nutum? É o empregado sem estabilidade que pode ser demitido segundo o humor do patrão — a qualquer momento.
Expulsaram o latim da escola há meio século. Não adiantou. Teimoso, ele bate à nossa porta sem cerimônia. Na televisão, o ministro afirma que é demissível ad nutum. O jornal diz que o presidente recebeu o título de doutor honoris causa. O advogado jura que vai entrar com pedido de habeas corpus em favor do cliente. Mais: a placa do restaurante ostenta o conselho […]
Tenho visto nos noticiários de televisão, em época de eleições, em que são divulgados percentuais de pesquisas de preferência dos eleitores com referência a candidatos, os locutores insistem em esclarecer “As pesquisas têm margem de erro de x % para mais ou para menos”. Pergunto: existe alguma possibilidade de margem? Será que pode ser para os lados? (Jorge Arce, lugar incerto) Poderia ser só para […]
“Não há resposta. Não vai haver resposta. Nunca houve resposta. Essa é a resposta.”

