Autor: Dad Squarisi
Mariana Silva saiu porque quis. Ou quiz? Ops! Querer, pôr, fazer, dizer dão nó nos miolos. Em certas formas, soa o fonema z. Mas se escreve a letra s. Em outras, a letra z pede passagem. Qual o segredo? A regra não tem exceção. Vale para qualquer verbo. No infinitivo aparece o z? Então não duvide. Sempre que o fonema z […]
“Acho mutatis mutandis pra lá de chique. Mas não sei seu significado exato. Pode me ajudar?”, pergunta Clara Helena, de Campina Grande. A expressão é latina. Quer dizer mudando o que deve ser mudado. Usa-se quando se adapta uma citação ao contexto ou às circunstâncias. Em outras palavras: com a devida alteração de pormenores. Olha aí (sic) Expulsaram o […]
Marina Silva saiu. Ministério vago, Lula foi atrás do substituto. Conjugou, então, o apreciado convidar. Preocupado com a escolha, buscou a regência correta do verbo. No dicionário de verbos e regimes, encontrou resposta para a construção nota 10: quem convida convida alguém para alguma coisa. Lula convidou Carlos Minc para se sentar na cadeira de ministro do Meio Ambiente. Ele aceitou.
Esopo era um escravo muito especial. Ele gostava de transmitir lições morais. É dele a fábula “A Raposa e as Uvas”. Lembra-se da história? A raposa viu uma videira carregadinha de frutos maduros. Ficou com água na boca. Fez e aconteceu para pegar as delícias. Não conseguiu. Os cachos estavam muito altos. Frustrada, não se deu por vencida: – Estão verdes, […]
A língua se parece com as pessoas. Entre as palavras existem as intolerantes. Vale o exemplo de há…atrás. Usá-las na mesma frase constitui redundância. Não caia na tentaçãode dizer: Cheguei há poucos minutos atrás. Pra evitar desperdícios, fique com uma ou outra: Cheguei há poucos minutos. Cheguei minutos atrás.
Nesta alegre Pindorama, fala-se português. Por isso, a abreviatura de horas não suporta dois pontos (2:15). Aduplinha é coisa de inglês, que fincou pé por aqui graças aos relógios digitais. Entre nós a redução segue regra própria, que se resume ao trio sem-sem-sem — sem plural, sem espaço, sem ponto: 2h, 2h15, 2h15min40.
Marina Silva não agüentou as pressões. Pediu a bolsa e caiu fora. Com a saída da ministra seringueira, o Brasil conjuga o verbo perder. A floresta perde a defensora. O país perde prestígio no exterior. Pra nós ficam duas lições relacionadas à grafia. Uma: meio ambiente se escreve soltinho, sem hífen. A outra: o prefixo eco- vem sempre juntinho com a palavra que […]
Como diz o Lula no seu surrado cacoete, folheando o Correio Braziliense, en passant, vi no caderno Cidades a reportagem “Engenheiro morre em colisão”. Mania de revisor: chamou-me a atenção o seguinte trecho: “Amigos e colegas de trabalho da dupla que estava no Astra reuniram-se no local do acidente. Eles conversavam em silêncio às margens da BR-020 sem acreditar no que […]
Prezada Dad, boa tarde. O título da coluna “Nossa carreira”, de Max Gehringer, da revista Época da semana passada, página 70, foi este: “Morar fora e aprender inglês fluente não basta”. Pergunto: o verbo “bastar” não teria que ir para o plural? Abraços. Wilson Ximenes Brasília/DF.
A turma do Manhattan Connection estava lá, no maior bate-bapo. “Eu gosto de sanduíche de mortandela”, disse Caio Blinder. Os telespectadores sentiram indisposição. O estômago deu cambalhotas. A razão: ele acrescentou ingrediente estranho à delícia. Mortadela é mortadela. Sem n.