Jesus não foi pouca coisa. O nascimento do garotinho mudou a referência do tempo. Os acontecimentos anteriores à vinda dele receberam a marca antes de Cristo. Depois dele, depois de Cristo. A abreviatura é assim: a.C. e d.C. Desse jeitinho: o a e o d minúsculos; o C, maiúsculo.   

  Xiiiiiiiiiiiiiiiiii! A CPMF voltou ao cartaz. Com ela, o dramalhão das siglas. Como escrever as letras? Todas maiúsculas? Ou minúsculas? Com ponto ou sem ponto entre elas? Baita dor de cabeça, convenhamos. O pior é que a gente tropeça em sigla a toda hora. Abre o jornal, lá está ela. Liga a televisão, não dá outra. Conversa com os amigos, ela aparece. É Aids pra […]

    Com bons anos nas costas, a mulher morreu e chegou aos portões do céu. Enquanto aguardava São Pedro, espiou pelas grades e viu os pais, os amigos e todos os que haviam partido antes dela sentados à mesa, apreciando um senhor banquete. Quando São Pedro apareceu, ela comentou: – Que lugar lindo! Como faço para entrar? – Eu vou dizer uma palavra. Se você soletrá-la corretamente […]

    A direção da Globo entrou em pânico. Levantamento do Ibope diz que a audiência de Duas caras despencou em Pernambuco. Eram 9h30. “O que houve?”, perguntaram os atores. Eles desempenharam o papel com a mesma garra de sempre. Por que, então, perderam pontos para as concorrentes?   A resposta não tardou. Naquela hora, Juvenal conversava com Evilásio. Tentava encontrar Ferraço. Nada. Ligou pra Maria […]

      Celson Bianchi tem duas convicções. Uma: as palavras são pra lá de poderosas. Elas constroem e destroem mundos. A outra: palavras boas não devem ser poupadas. Devem ser ditas e escritas como se fossem as últimas da vida.   Passando da teoria à prática, ele deixou este bilhete. Quem não gostaria de recebê-lo?       Eu passei pra saber de você    […]

    Sabia? A mesada tem tudo a ver com a língua. Uma e outra exigem economia. O dinheirinho é sempre curto. A gente tem vontade de comprar sorvetes, revistas, jogos de computador, tênis e mochilas incrementados. Mas não dá. O jeito é poupar. A regra vale para a língua. Nada de desperdiçar palavras. Dizer subir pra cima ou descer pra baixo? Nem pensar. Subir […]

      O deputado Carlos William tem todo o direito de defender suas idéias. Mesmo as estapafúrdias, como a permissão de reeleições infinitas para presidentes da República.   Mas agressões ao ouvido alheio, a golpes sucessivos de “que sejem”, como fez ontem na CPI, o deputado Carlos William não tem imunidade parlamentar para cometer.   (comentário de Dora Kramer na pág. A6 do Estadão) […]

    Cruzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz! Brasília emplacou o milionésimo carro. Que problemão! Adeus, sossego! Adeus, estacionamento farto! Adeus, trânsito civilizado! O número não trouxe dor de cabeça só para motoristas e pedestres. Foi além. Repórteres enfrentaram questão de concordância. Um milhão de veículos circula ou circulam pelas ruas da capital?   O que você acha? Faça sua aposta: circula circulam circula e circulam   E daí? Escolheu […]

      Prezada Dad, bom dia.   Já tivemos a moda do “a nível de” e “junto ao”. Agora, o modismo é “outros” e criar “coisas novas”. No Correio Braziliense de hoje, 21 de maio, por exemplo, página 17, na matéria “TJDF contratará 2.949 servidores”, há estas frases: “O projeto de lei nº 3.248/04, que cria 73 NOVAS varas…”. Ora, se vai criar, Dad, já […]

  “José Aparecido depõe à CPI”, escrevemos na capa do Correio Braziliense. Ops! Tropeçamos na regência do verbo depor. Quem depõe depõe em algum lugar. Não depõe a alguém. Se quiser, pode depor simplesmente: José Aparecido depôs na CPI (não à CPI). José Aparecido depôs.