Autor: Dad Squarisi
Ops! A greve dos Correios dura 18 dias. Nada menos que 30 milhões de correspondências deixam de ser entregues por dia. Comerciantes deram seu jeito. Recorreram aos serviços de motofretes. Na hora de escrever a novidade, pintou a dúvida. É motofrete, moto-frete ou moto frete? Procura daqui, pesquisa dali, eureca! Moto, alérgica ao hífen, é pra lá de carente. Anda sempre coladinha à palavra que a […]
Você viu? O Itamar Diogo dos Santos viu. Inconformado, pegou o celular, fotografou e mandou a prova pro blog. A bela manequim em bela pose não merece o tratamento dado ao produto que ela vende. Biquíni é paroxítona terminada em i. Joga no time de táxi e beribéri. Vem, acento.
Do Cassino Montecarlo ao presídio Bangu 8 — eis a trajetória do simpático ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Ele quis escapar da cadeia. Não conseguiu. Parou em Bangu 8. Que medão! Na trajetória, aprendeu uma lição. Bangu joga no time de caju e urubu. Oxítona terminada em u, não pede grampinho nem a pedido de Deus. Não confunda Bangu com baú. Baú é, também, oxítona […]
Gente! Veja a descoberta do Elder. Ele navegava na internet. Louco por carros, parou na imagem do Clio. Leu com cuidado as especificações do quatro rodas que lhe excita os desejos. Foi então que viu um tal de “dispositivo anti-trânsito”. Suspirou desanimado. Será que poderia confiar num veículo que atropela a língua? É que o prefixo anti- tem manhas. Só aceita hífen quando […]
As palavras têm histórias. Algumas nascem sem querer. É o caso de boicote. Boycott era o sobrenome de um rico capitão irlandês. O homem se comportava mal à beça. Pra lá de desleal com a concorrência, adorava passar os outros pra trás. Um dia a casa caiu. Foi em 1880. O sabido recebeu uma espécie de veto comercial. Inaugurou-se o boicote, derivado do nome […]
ONG tem plural? Tem. Como as demais siglas, basta acrescentar um s minúsculo no final: organizações não-governamentais (ONGs), medidas provisórias (MPs), polícias militares (PMs).
“Nivelamos o ensino por baixo, com um português simplificado, de vocabulário cada vez mais pobre e gramática cada vez mais torta.”
Empregar os verbos como manda o figurino é… prestar atenção àsmanhas do talvez. Quando vem antes do verbo, ele exige o subjuntivo. Quando vem depois, o indicativo: Talvez seja diferente. É, talvez, diferente dos irmãos.
A inflação está de volta. Valha-nos, Deus! Ninguém quer reprisar o pesadelo dos preços que sobem sem parar, do salário menor que o mês, do barulho da maquininha de remarcação do supermercado — sobretudo agora, quando a gente abusou das compras parceladas em 10 vezes, deitou e rolou. O que fazer? “Saia fora do vermelho”, aconselham os economistas a torto e a […]