Antiga como o rascunho da Bíblia

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Coisas caem de moda. É o caso de CD, videocassete, maiô com saiote, tevê em preto e branco. Coisas vão e voltam. A vitrola serve de exemplo. Os discos de vinil também. E a calça boca de sino? Fez furor nos anos 70. Nas décadas seguintes, virou símbolo de breguice. Depois, provou que nada melhor que um dia depois de outro. Retornou às passarelas com força total.

Simples assim? Nem sempre. Há cadáveres que não se deixam enterrar. Apesar de ultrapassados, insistem em se manter vivos. E, não satisfeitos, assombram a vida de quem os quer longe. Beeeeeeeeeeem longe. O conflito de Israel e Palestina é um deles. Eta caduquice! Há mais de 60 anos os dois primos brigam. Dão uma trégua e voltam furiosos. Ufa! Até quando?

De Jerusalém

Enquanto a confusão não bate ponto-final, valem dicas de português. Uma: o adjetivo pátrio de Jerusalém. A cidade sede das três religiões monoteístas do mundo adora exibir ostentação. Com mania de grandeza, tem cinco palavras que indicam origem. Conhece? Ei-las: hierosolomita, hierosolimitano, jerosolimita, jeresomilitano, jerusalemita.

Sagrada

Hierosolomita e jerosolimita são formas variantes. Com h ou com j, as palavras têm o mesmo berço. Vêm do grego. O latim as adotou. Numa língua ou outra, o significado se mantém. Quer dizer o originário da cidade sagrada.

Incoerência

Além de caduco, o conflito prima pela incoerência. A etimologia de Jerusalém serve de prova. O nome vem de hierosolima, que vem do hebraico Ieroshalaim. O palavrão tem duas partes. Uma: Iero, que quer dizer cidade. A outra: shalom, saudação que significa paz. Em bom português, Jerusalém é a cidade da paz. Cadê paz?