Adeus, 2014. Bem-vindo, 2015

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Oba! 2014 acabou. Depois dos 7 X 1 da Alemanha, já vai tarde. Xô! Que venha 2015. Vamos recebê-lo com banda de música e tapete vermelho — fogos, champanhe e roupa bonita. Ano-novo significa algo mais que um dia novo no calendário. É um rito de passagem. Deixa-se para trás não o velho mas o estagnado: o que ocupa espaço físico ou psicológico sem dar vez ao novo.

Todos os povos o comemoram. Os chineses, em fevereiro. Os judeus, em setembro ou outubro. Os muçulmanos, em julho. Os cristãos, em 1º de janeiro. Entre eles, há um denominador comum. Uns e outros consideram a data o momento de dar costas ao passado e olhar para a frente. Em bom português: enterrar cadáveres. O ato tem significado simbólico. Trata-se de se livrar de tudo que se deve esquecer. É a faxina na alma.   O bom fica melhor

Mais que abrir espaços externos (esvaziar armários, passar livros adiante), o ano-novo convida a expandir o espaço interior. Sugere abrir as portas ao desapego. Perdoar. Ódios, rancores, ressentimentos são cadáveres que clamam por sepultura.

Sem enterro, eles cobram preço alto. Paga-se com a saúde, o humor, a paz de espírito. E impedem que sentimentos saudáveis se instalem. Nenhum inimigo vale tanto. Perdoar faz bem a quem perdoa. Deus dá o exemplo. Perdoar é o único vício do Senhor. O diabo se contorce de ódio.