Deus criou o mundo em sete dias. Daí o sete ser o número da completude. Que nome dar ao suceder dos dias e das noites? Eureca! Os romanos encontraram a resposta. Consagraram cada amanhecer a uma divindade da mitologia. O primeiro ficou com o deus Sol. O segundo, com a deusa Lua. O terceiro, com Marte, o deus da guerra. O quarto, com Mercúrio, o deus da eloquência. O quinto, com Júpiter, o deus do raio e do trovão. O sexto, com Vênus, a deusa do amor. O sétimo, com Saturno, o deus do tempo.
Com o cristianismo, as coisas mudaram. Lá pelo quinto século, a Igreja decidiu:
— Vamos depurar o latim. Xô, expressões do mundo pagão!
Pronto. A semana foi purificada. Os dias ganharam nomes referentes ao universo cristão ou nomes neutros. Algumas línguas desconheceram a mudança. Outras só adotaram o sábado e o domingo. O português, que nasceu no século 13, aceitou-a integralmente.
O sábado veio do hebraico Shabbat, dia de descanso. (“Deus descansou no sétimo dia”, diz a Bíblia.) Dia do Sol virou domingo, de dominica, dia do Senhor (Cristo ressuscitou no domingo). Os outros dias são dedicados ao trabalho. Feira, em latim, significa mercado. Segunda-feira é o segundo dia da semana.