A raposa e o leão — a intimidade

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Era uma vez…
A raposinha nunca tinha saído de casa sozinha. É que ela era pequena. Quando cresceu um pouco, deu umas voltinhas pela floresta. Adorou. Um dia, viu o leão. Morreu de medo. Então correu. Correu desesperada até encontrar um esconderijo.
Na outra semana, viu o leão de novo. Aí, se escondeu atrás da árvore pra olhar melhor pro rei dos animais. Achou o bichão lindo. Na terceira vez, ela ganhou confiança. Chegou perto de Sua Majestade e deu tapinhas nas costas dele. O leão achou esquisita a intimidade. Mas deixou pra lá. “Cresça e apareça”, pensou ele. E se foi.
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Com o Pepê aconteceu história parecida. Ele não tem irmãos. Os vizinhos dele são três irmãos. Pepê tinha muita vontade de brincar com os garotos. Mas tinha vergonha de chegar perto. Um dia, a bola dos meninos caiu no jardim do Pepê. Ele foi entregá-la. Os garotos o convidaram pra jogar um futebolzinho. Ele foi. E vai até hoje. Os quatro ficaram muiiiiiiiiiiito amigos.
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Moral da história: a intimidade não nasce de uma hora para outra. Precisa de convivência.

(Coluna publicada no suplemento infantil Super, que circula aos sábados no Correio Braziliense.)