As pessoas têm marcas registradas. São as idiossincrasias. Algumas detestam acordar cedo. Outras só viajam sozinhas. Há as que não vestem preto nem a pedido de Deus. Ou se negam a sair de casa às sextas-feiras 13. E por aí vai. Maria Carvalho não foge à regra. É obcecada pela prosódia. No momento, a pronúncia de duas palavras lhe tiram o sono. Uma deles é druida. Ela imaginava que o nome dos bruxos gauleses e bretões tivesse acento como saída e caída. Não tem. Druida se pronuncia como gratuita e fortuita. I e u não se separam. Formam ditongo. A outra dúvida se refere a proteico. O ditongo é aberto ou fechado? O derivado da proteína joga no time de ideia e assembleia. Exige a abertura do som.