A coruja e as aves — a aceitação

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    Era uma vez…   As aves se reuniram na floresta. Queriam escolher o rei da bicharada que tem bico e pena. O vencedor seria o mais chamoso. Papagaios, periquitos, galinhas, patos, canários, bem-te-vis, joões-de-barro e as outras penosas se animaram. Todos queriam ganhar a coroa. Levaram dias se arrumando. Tomaram banho, alisaram a plumagem, fizeram maquiagem e tantas outras coisas que tornam as criaturas mais bonitas. A coruja viu como as conorrentes estavam lindas. Ela, coitada, se sentiu muito feia. 
 
Teve, então, uma ideia. Recolheu penas caídas das outras aves e fez um manto maravilhoso. Ficou muito mais charmosa que tdas as concorrentes juntas. Resultado:  ganhou o concurso. As outras aves não perdoaram o jogo sujo. Foram até ela e tiraram pena por pena de todas as que não pertenciam a ela. A coruja voltou a ser coruja. Não levou a coroa.
 
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Outro dia, a escolinha do João Marcelo e do Rafael fez um concurso. O tema era a paz. Cada aluno deveria fazer um quadro sobre o assunto. O mais bonito ficaria pendurado na parede da diretoria. Já imaginou? A meninada pôs mãos à obra. Apareceram trabalhos muito criativos. O Jó não acreditou que poderia concorrer com os colegas. Foi à livraria e comprou um cartaz pronto. Foi uma pena. Ele nem pôde concorrer. 
 
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Moral da história: Não diga que alguma dos outros é sua. Cedo ou tarde alguém descobre a mentira.