O VINHO COMO PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE

Publicado em entrevistas, Patrimônio da Humanidade

O vinho como patrimônio cultural da humanidade

Reproduzo aqui, por concordar plenamente, o artigo da sommelière Renata Sanches Urzeda, estudante de Enologia e sócia da Marchese Vinhos & Vinhedos, integrante da Vinícola Brasília.

“Na última semana, a Academia Internacional do Vinho (AIV) publicou, pela primeira vez em sua história, uma carta aberta à ONU pedindo que o vinho seja reconhecido em sua dimensão cultural, social e patrimonial — e não reduzido a uma simples bebida alcoólica ou a um risco sanitário.

A iniciativa é histórica porque reafirma que o vinho carrega milênios de história humana. Ele é símbolo de convivência, amizade e partilha, um elo entre pessoas, paisagens e culturas. Como bem definiu a AIV: “oferecer uma taça de vinho é convidar o outro à sua mesa, manifestando paz, fraternidade e o prazer de estar juntos.”

Como produtora no Cerrado de Altitude, em Brasília, vejo diariamente a força que o vinho tem de unir pessoas e contar histórias. Cada safra é uma expressão de identidade, fruto da dedicação das famílias produtoras e da riqueza do nosso território. Quando brindamos, não celebramos apenas o vinho em si, mas a tradição, a memória e o trabalho coletivo que ele carrega em cada taça.

A carta da AIV também chama atenção para a importância da educação e da moderação, lembrando que o consumo responsável é o caminho para que o vinho siga sendo um patrimônio compartilhado, e não um risco.

O Brasil, com regiões emergentes e vinhos cada vez mais reconhecidos, deve se inserir nesse debate global. O vinho é mais do que um produto: é história viva, é cultura, é identidade.

Precisamos de movimentos como este para posicionar o vinho no lugar que ele merece estar: como patrimônio cultural da humanidade.”

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