QUAL É A SUA HISTÓRIA SOBRE A COMIDA AFETIVA? III – responde Flávio Henrique

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Qual é a sua história sobre comida afetiva? Aqueles pratos da sua infância que vinham da cozinha da sua mãe ou da sua avó. Pratos que são mais do que simples alimentos, que representam gestos de carinho, envolvem emoções, memórias e trazem um senso de pertencimento.

Qual é a sua “Madeleine de Proust”? Aquele sabor ou cheiro que o transporta para o passado, evocando memórias profundas e, muitas vezes, inesperadas.

Flávio Henrique é Sommelier formado na ABS-DF. Foi a maior nota da sua turma.

“Minha comida afetiva é… frango de padaria.

Meu pai voltava do trabalho, passava na padaria e chegava em casa com o frango ainda quentinho, com aquele cheiro adorável de pimenta preta moída. Nunca vou esquecer aquele cheiro.

Uma das coxas era dele, celebrando o papel de provedor faminto que sentava à cabeceira da mesa após o dia de trabalho. A outra coxa era minha ou da minha irmã, alternávamos o privilégio.

Todos à mesa, destrinchar o frango era o ritual afetivo para marcar que mais um dia havia sido vencido e que tudo estava bem.

Por anos, meu incentivo para estudar era pensar que um dia eu poderia comprar um frango inteiro e talvez ficar com as duas coxas.

Pensando bem, nunca fiz isso. Onde tem frango de padaria em Brasília?”

 

SUGESTÃO DO SOMMELIER: a coxa de frango tem a carne mais firme, com um sabor mais intenso e, ainda, considerando a pimenta preta moída, indico a harmonização com um vinho tinto de corpo médio, mais jovem, como um Merlot, Syrah ou Tempranillo.

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