Ministério Público do DF pede explicações sobre vazamento de dados de 300 mil clientes de banco

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Banco Inter nega falta de segurança no sistema e diz que foi vítima de extorsão por hackers

O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) instaurou na última terça-feira (8/5) um inquérito para investigar a extorsão de um hacker que teria roubado dados de clientes do Banco Inter, um dos maiores bancos totalmente digitais do Brasil. Cerca de 300 mil consumidores teriam sido prejudicados.

Na última sexta-feira (4/5), o MPDFT expediu ofício ao banco requisitando informações sobre o incidente. A empresa deve informar se realmente houve incidente de segurança relacionado à base de dados e quais medidas foram tomadas, além de quantos clientes ou colaboradores foram, de fato, afetados.

Via nota, o banco nega o vazamento de dados e diz que foi vítima de extorsão. “Não houve comprometimento da segurança no ambiente externo e nem dano à sua estrutura tecnológica. A companhia esclarece, ainda, que comunicou o fato às autoridades competentes e a investigação corre em sigilo”. O banco diz ainda que é crime a divulgação de notícias falsas ou fatos verdadeiros truncados ou deturpados a respeito da instituição financeira.

O promotor de Justiça Frederico Meinberg, coordenador da Comissão de Proteção de Dados do o Ministério Público,  entende que vazamento de dados envolvendo companhias abertas configura fato relevante capaz de influir de modo ponderável na cotação dos valores mobiliários, por isso a determinação de oficiar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informando sobre a instauração do inquérito civil público.

Entenda o caso

Um hacker teria ameaçado vender dados pessoais de clientes, funcionários e executivos do Banco Inter, caso a empresa não fizesse um pagamento em até 15 dias. O valor exigido não foi revelado. O hacker teria colocado cheques, documentos, transações, e-mails, informações pessoais, chaves de segurança e senhas de 300 mil pessoas em um arquivo criptografado de 40 GB.

Flávia Maia

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Flávia Maia

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