Lucro do BRB cresce 29,6% e é o maior da história; banco espera subir notas em agências internacionais

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Queda na inadimplência, foco em eficiência e investimento em tecnologia foram os principais motores dos resultados

O Banco de Brasília (BRB) divulga na noite desta segunda-feira (5/3) o resultado anual de 2017.  Na cerimônia estão presentes funcionários e acionistas. O balanço mostra que a instituição financeira teve lucro de R$ 260 milhões – o valor é 29,6% superior ao registrado no exercício de 2016, que foi de R$ 200,5 milhões. De acordo com o banco, este é o melhor resultado em 51 anos de existência da companhia.

O índice positivo deve ajudar o banco estatal a subir a sua classificação em agências internacionais, como a Standard&Poor’s. “Já tivemos uma melhora no nosso rating. Com o resultado divulgado hoje a nossa perspectiva é que ele suba”, avalia Vasco Cunha Gonçalves, presidente do BRB.

Esse é o primeiro balanço divulgado tendo o Instituto de Previdência (Iprev) dos servidores do Distrito Federal como o segundo maior acionista do banco. O órgão detém 16,52% das ações e, a partir deste ano, terá direito a uma cadeira no Conselho de Administração do BRB. O colegiado tem 8 cadeiras. O GDF continua como o principal acionista com 80,33% das participações. O bom resultado pode aumentar o valor das ações dos servidores aposentados.

Além do crescimento do faturamento líquido – que é o lucro com desconto de custos operacionais -, o balanço trouxe outros números positivos, um deles foi a queda na taxa de inadimplência. Em 2017, o índice foi de 2,8%; em 2016, 4,3%. Outros índices como crescimento de 42% no resultado operacional e o Índice de Basileia em 15,69% mostram solidez da instituição. O Índice de Basileia mede a segurança que a instituição financeira empresta dinheiro.

Entretanto, a carteira de crédito diminuiu em 2017 em 7,8%, na comparação com 2016. “Procuramos melhores tomadores de crédito, por isso, a queda na carteira. Em contrapartida, diminuímos também a inadimplência”, explica o presidente.

Para ele, a tímida recuperação da economia brasileira e os investimentos em eficiência e tecnologia foram responsáveis pelos bons resultados do BRB. Somente em tecnologia e novos sistemas, a instituição investiu R$ 200 milhões.

Em relação à liquidez do banco, os índices permaneceram estáveis. A explicação dada pela instituição financeira é o cenário restrito ao crédito e a baixa necessidade de funding paga as operações. Significa dizer que o banco tem crédito a oferecer, mas devido ao cenário econômico incerto, os tomadores estão receosos de tomar empréstimos.

O governador do Distrito Federal esteve presente na cerimônia e comemorou os resultados. “Eu indiquei um servidor de carreira para administrar o BRB. Pedi uma administração técnica para que o banco pudesse servir à população de Brasília”, comunicou o governador do DF, Rodrigo Rollemberg.

O BRB tem 723 mil clientes.


Flávia Maia

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Flávia Maia

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