Ser uma boa mãe é uma das missões mais difíceis para qualquer mulher. Há muito envolvido – vontade de acertar sempre, o que termina se transformando numa enorme fonte de autocobrança, de estresse; ocupações de todo tipo com o filho; preocupações, porque mãe sem preocupação não é mãe, pelo menos não terráquea; medos reais e irreais, alguns totalmente desprovidos de lógica; dúvidas de todos os naipes; cansaço; desânimo. Tudo isso no pacote, independentemente da alegria pelo nascimento da criança.
Os pais são importantes na vida dos filhos, mas, como dizem, “Mãe é mãe!”. E, quando as crianças são bem pequenas, a tendência é que elas sejam todo o nosso mundo, da mesma forma que podemos ser todo o mundo delas. Assim, aos poucos, as coisas vão entrando nos eixos. Os hormônios maternos vão se organizando, os bebês vão se alimentando e dormindo melhor. As rotinas vão se estabelecendo com menos sustos e sobressaltos. A turbulenta fase inicial dá lugar às fofas descobertas de ambas as partes e às gracinhas do bebê.
Só que, como eu costumo dizer, uma mãe tanto pode ser uma bênção quanto uma maldição na vida dos filhos. Felizmente a grande maioria transita nesse espectro mais para bênção, o que, inclusive, permitiu que nossa espécie se perpetuasse, que chegássemos onde chegamos. É a essas que me refiro neste texto, assim como a o que pode facilmente acontecer conforme os filhos vão crescendo. Enganam-se as mães que pensam que a primeira infância é a fase que delas exigirá mais equilíbrio e bom senso.
Nem todas conseguem lidar bem com o crescimento dos filhos, com o despertar do interesse deles pelo mundo, por outras pessoas, com o corte, agora simbólico, do cordão umbilical. Tem início uma nova fase na vida da criança e parece que toda aquela carga emocional do começo desaba novamente sobre a mãe.
É nesse momento que pode surgir, por exemplo, a mãe que, acreditando que só ela sabe o que é melhor para o filho, não ouve nem a criança nem ninguém, muitas vezes lançando mão de chantagem emocional para atingir seu objetivo de criar um ser perfeito que ela protegerá de tudo e de todos para que ele seja sempre feliz. E o resultado não pode ser bom. Aliás, são esses filhos que, quando crescem, enchem os consultórios dos psiquiatras e dos psicólogos.
Por tudo isso é que, quando sou procurada por uma mãe buscando psicoterapia para um filho, sempre digo que ela deve buscar ajuda para ela também. Porque, se ela, até mesmo tentando ser a melhor mãe do mundo, estiver criando problemas para esse filho, a conscientização e as mudanças de comportamento dela terão um impacto positivo sobre a criança.
Assim, quero deixar aqui um recado a todas as mães: Quer que seu filho seja emocionalmente saudável? Então torne-se ou mantenha-se emocionalmente saudável. Procure se conhecer. Procure se realizar também fora da maternidade. Mostre a seu filho que você é um ser humano, não a Mulher Maravilha, que pode errar, aprender com o erro e corrigir o próprio rumo. Mantenha o canal de comunicação entre vocês sempre aberto e um colo macio e quentinho pronto para recebê-lo quando ele precisar e quiser.
É comum encontrarmos crianças fora de controle, teimosas, agressivas, desafiantes, medrosas, ansiosas, deprimidas, que se mutilam, com comportamentos suicidas. E frequentemente vemos tudo isso em suas mães, que não conseguem atinar o quanto a forma de viver delas tem influência sobre seus filhos. Uma criança nunca estará bem se a mãe dela estiver mal. Simples assim. O fruto nunca cai longe do pé. Quer que seu filho seja feliz? Então seja feliz!
E tenha sempre em mente as palavras de Madre Teresa de Calcutá: ”Os filhos são como as águias, ensinarás a voar mas não voarão o teu voo. Ensinarás a sonhar, mas não sonharão os teus sonhos. Ensinarás a viver, mas não viverão a tua vida. Mas, em cada voo, em cada sonho e em cada vida permanecerá para sempre a marca dos ensinamentos recebidos”.
Parabéns a todas que se lançaram com todo o seu amor nessa grande aventura que é ser mãe! Que Nossa Senhora, Mãe de todas as mães, as proteja!
Sugiro a leitura do texto MÃE É MÃE,também publicado neste blog.
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