Mateus2

O NATAL DE JESUS

Publicado em Espiritualidade, Filosofia, Psicologia

 

Não dá para não falar em Jesus no Natal. Cristãos e muita gente que não é cristã comemoram o nascimento Dele, o Cristo, o Ungido, o Messias, neste dia, mesmo que, para alguns historiadores, a festa originalmente celebrasse o Deus Sol e tenha sido ressignificada, por uma questão política, pela Igreja Católica no século III. Em outras palavras, não se sabe ao certo quando O Nazareno mais falado em todo o mundo há 2023 anos nasceu. Mas a data do nascimento não é a única dúvida acerca de Jesus. E, onde há incerteza, há especulações.

 

Nesse caso, elas vão da concepção à ressurreição do chamado Filho de Deus, sendo que muitos estão certos de que Ele nunca existiu e que a Bíblia Sagrada não passa de um livro de histórias fantásticas escrito também por uma necessidade política para um povo que precisava desesperadamente de um salvador, que, para a segurança dos governantes da época, não poderia ser belicoso. Um povo que não podia esmorecer, mas também não deveria se revoltar perante a rudeza do mundo, da vida. Há estudiosos que afirmam que Jesus é uma divindade que nunca esteve na Terra fisicamente. E há aqueles para quem os Evangelhos não podem ser considerados registros históricos, mas teológicos que sofreram muitas influências, ou seja, uma ficção tipo colcha de retalhos.

 

Infelizmente não há apenas estudiosos debruçados sobre esse tema tão importante. Há também, em toda parte, gente que, mesmo conhecendo superficialmente o assunto, prega, briga e chega às vias de fato sobre questões ligadas à virgindade de Maria Mãe de Jesus; à orientação sexual do Cristo; ao tipo de relação que Ele mantinha com Madalena e com os Apóstolos; à aparência Dele, se era branco e de olhos claros ou se era moreno de cabelos crespos e olhos escuros. E nisso muitos se perdem e esquecem que o que importa mesmo é a mensagem por Ele deixada ou a Ele atribuída, como queiram.

 

Mateus 22:37-40 nos traz: “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”

 

Ainda não conseguimos nem amar a nós mesmos. Só que eu acredito que, um dia, conseguiremos tudo isso. E, quando embasarmos nossos pensamentos, nossos sentimentos, nossos atos nesse mandamento, tudo será maravilhoso. Aí sim, este mundo que conhecemos acabará e um novo terá início, sem miséria, doenças, guerras, violência, desrespeito, insegurança, ódio, inveja, corrupção, mágoa. Todas as mazelas da Humanidade cairão por terra e só haverá espaço para o Amor, independentemente de Jesus ter mesmo existido como ser encarnado ou não.

 

Isso me faz lembrar uma conversa que tive com um homem da roça que não sabia me dizer nem onde e nem em que dia ele mesmo havia nascido, e que respondeu ao meu espanto com “O importante é que eu nasci e tô nascido!”. Ele estava absolutamente certo. Enquanto eu me preocupava com detalhes, ele se ocupava do que realmente tinha importância. Enquanto eu, sem nem perceber, tentava reduzi-lo a informações que ele nunca conseguiria levantar e que só serviriam para um registro do seu nascimento, ele me mostrou que, com ou sem aquela formalidade, ele existia e era uma pessoa que tocava a vida, que contribuía, que deixava exemplos, que, a seu modo, impactava o mundo.

 

Assim, deixemos de lado as insignificâncias e nos concentremos na mensagem do Mestre que, tendo ou não nascido de fato, é responsável por essa beleza de ensinamento, simples, para nós ainda tão difícil, mas não impossível.

 

Um feliz Natal para todos! Que a mensagem do Cristo encontre, nos nossos corações, um terreno fértil. E que 2024 seja recebido por criaturas ainda mais fortalecidas na fé, mais preparadas para combater o bom combate, cada vez mais despertas para as Leis que Regem o Universo.

 

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14 thoughts on “O NATAL DE JESUS

  1. Excelente texto! O que importa, como falado no texto, é o amor; sem religião, sem fronteiras, sem limites. O amor ao próximo e a si mesmo

  2. “O importante é que eu nasci e estou nascido!” que frase!! Faz nos apegar no que é pra ser e no que realmente importa ,que é a essência de nós, do divino , do sagrado e do que fazemos é porque fazemos.
    Referenciar sempre o que ilumina em nós e não se esquecendo da necessidade de se conectar com o sagrado.

    1. Concordo com vcs e digo mais, todos nós humanos deixamos pegadas de sujeitos, individuos que modificam seu entorno com seu jeito de ser, e temos que cuidar para que nossas pegadas sejam de exemplo de caracter e virtude, já citando dois pensadores geniais da humanidade, que são Paulo Freire e Platão.

  3. Que um dia consigamos amar o nosso próximo (pessoas, animais, plantas…) como gostaríamos de ser amados… Independente de religião, eis aí O GRANDE MANDAMENTO!!!! Feliz vida a todos!

  4. Lucia de Paula via WhatsApp: Texto belíssimo. Amei o dizer do homem da roça “o importante é que eu nasci e estou nascido!”. Isto resume tudo pra mim. Prestar mais atenção no simples, viver o simples, querer o simples. Estou mais feliz assim.

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