O Brasil Merece Cuidado Coletivo

Publicado em Cuidado Coletivo

Cosette Castro

Brasília – Não é todo o dia que o Coletivo Filhas da Mãe é homenageado. Hoje recebemos uma música que conta um pouco da história de 05 anos de estímulo ao cuidado coletivo e ao autocuidado entre cuidadoras familiares, um grupo cada vez maior de mulheres que realiza um trabalho invisível e diário de cuidado sem remuneração.

Ao perguntar na música “Quem Cuida de Quem Cuida?”, Antonio Muniz praticou um gesto de cuidado e acolhimento coletivo. Esse cuidado se espalha ainda mais cada vez que a música é multiplicada nas redes sociais digitais, assim como entre grupos de amigas e familiares (Escute aqui).

E não importa o estilo musical que você mais goste. Se é rock, música popular brasileira, sertanejo, música erudita ou chorinho. “Quem Cuida de Quem Cuida?” é daquelas músicas que emocionam pela simplicidade, mas também pela trajetória cantada sobre o Coletivo Filhas da Mãe.

Antonio Muniz faz parte do Grupo Caminhadas de Brasília (GCB), parceiro do Coletivo. Além disso, é músico e contador de histórias. E é ele que estará conduzindo a caminhada deste domingo, 13 de julho, no Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará, com encontro agendado para às 8h45 e saída às 9h em frente a administração do Parque. A caminhada é aberta e gratuita.

Enquanto isso, o Brasil viveu fortes emoções esta semana.

No âmbito internacional, o país viu sua soberania ser ameaçada por um país estrangeiro. E, ao mesmo tempo, cresceu a mobilização para realizar o Plebiscito Popular 2025 em todo o país. Este ano o Plebiscito pretende conseguir votos suficientes para mostrar o apoio da população à redução da jornada de trabalho (escala 6X1) sem perda salarial. Também defende que, aqueles que ganham acima de 50 mil reais por mês (1% da população), paguem mais impostos do que os demais brasileiros e brasileiras. Ou seja, 99% da população.

Este é um tema que diz respeito direto às pessoas cuidadoras, sejam de crianças, pessoas doentes, pessoas com deficiência e pessoas idosas com ou sem demência. São as mulheres brasileiras que mais enfrentam as exaustivas jornadas 6X1 e baixos salários, além de cuidar da família. E, como 99% da população, são elas que pagam mais impostos.

A votação no Plebiscito Popular 2025 poderá ser realizada em urnas presenciais  e, em breve, através de urnas online, até o dia 07 de setembro em todo o país.

No Coletivo Filhas da Mãe, além do acolhimento diário de quem cuida um familiar sem remuneração, principalmente no grupo de WhatsApp, temos outros projetos. Estamos, por exemplo, na co-coordenação da primeira Conferência Livre sobre os Direitos das Mulheres Idosas no Brasil. A Conferência vai acontecer no formato online, no dia 09 de agosto, e, na próxima semana, serão abertas as inscrições online. Saiba mais aqui.

As mulheres em processo de envelhecimento, com 50 anos ou mais, e as mulheres idosas, a partir dos 60 anos, são as principais vítimas do preconceito do idadismo estrutural e institucional. Também são vítimas das demais violências contra as mulheres no decorrer da vida, inclusive violência sexual praticada dentro de casa e até feminicídio. Sem contar os casos de negligência e abandono.

Como se fosse pouco, há ainda o assassinato simbólico das mulheres idosas, através do apagamento, em um país que ainda vive na ilusão de ser um país jovem. Mas elas chegaram para ficar em um país em rápido processo de envelhecimento e merecem respeito, reconhecimento e políticas públicas inclusivas com financiamento para sua execução.

PS: Esperamos você na Caminhada deste domingo, dia 13. É só chegar no Parque do Guará. Lembre de levar algo para o lanche compartilhado.

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