Cosette Castro e Leandra Lofego
Brasília – A partir de domingo, dia 07, recomeçamos as atividades de cuidado coletivo e autocuidado no Coletivo Filhas da Mãe com a volta às caminhadas nos parques de Brasília.
A primeira caminhada de abril vai acontecer no Parque Olhos D’Água (Quadra 413/414, Asa Norte), a partir das 8h15. Após a caminhada haverá lanche compartilhado e momento dedicado à música, acompanhando a apresentação dos amigos do Coletivo Café com Chorinho.
E na terça-feira, dia 09, haverá outra atividade de cuidado coletivo e estimulo ao autocuidado. Desta vez será realizada oficina, das 9h às 11h30, em parceria com o Instituto Tocar através do Projeto Conectar Mulheres.
Quem conta mais detalhes sobre a parceria e sobre a oficina de cuidado e autocuidado é Leandra Lofego. Ela é Bióloga, Mestre em Ecologia e Analista Técnica de Políticas Sociais e compõe a coordenação do Coletivo Filhas da Mãe.
Leandra Lofego – “Participar de um coletivo quer dizer acolhimento e atuação conjunta. Quer dizer que estimularemos encontros de pessoas para nos dedicarmos a uma pauta. No caso do Coletivo Filhas da Mãe nossas pautas são o cuidado e o autocuidado, o envelhecimento ativo e saudável, as informações sobre demências e as políticas públicas de cuidado.
Para realizar o cuidado coletivo nos conectamos com outras organizações da sociedade civil, do legislativo, do judiciário e dos governos distrital e federal para impulsionar os temas que defendemos. É sobre esse espaço de conexão e parceria que escrevo hoje.
Em 2024 uma das parcerias do Coletivo Filhas ocorre com o Instituto Tocar que atua há mais de 20 anos no Distrito Federal.
A parceria acontece através do Projeto Conectar Mulheres. O Projeto Conectar Mulheres reuniu 10 Instituições da sociedade civil do Distrito Federal, todas trabalhando com mulheres, com questões de gênero e com temas como a violência contra as mulheres.
A proposta é ajudar os movimentos sociais a oferecerem suporte adequado às mulheres por meio de formação teórica e prática. Isso contribui para o fortalecimento da rede de apoio e para o desenvolvimento de práticas e políticas institucionais que priorizem a segurança, o autocuidado e a autonomia das mulheres.
Em março foi realizado um encontro presencial onde foram tratados temas como a igualdade de gênero, a escuta ativa, a postura empática e o acolhimento afetivo. Também foram abordados temas como as Políticas Públicas de Proteção e Acolhimento, o ambiente seguro e confidencial e estratégias de apoio emocional. Ou seja, tratou de cuidado coletivo e autocuidado.
Estivemos um dia inteiro compartilhando ideias, histórias da vida, recebemos alimentação cuidadosa, praticamos meditação, trabalhamos a respiração e aprendemos muito.
Durante o encontro aconteceram dinâmicas de grupo e a equipe de suporte praticou o acolhimento afetivo com empatia, a compreensão e o suporte emocional. Foi um dia de imersão para as participantes em um espaço seguro para as expressões mais íntimas.
A segunda parte do projeto ocorre em cada instituição sob a orientação do Instituto Tocar, por meio de duas oficinas práticas. Uma em abril e outra em junho.
Em abril, a oficina gratuita acontecerá no dia 09, terça-feira, no Centro Longeviver também parceiro do Coletivo. Haverá atividades terapêuticas integrativas para promover o cuidado e o autocuidado das mulheres.
As representantes do Coletivo que participaram da oficina de formação no começo de março também estarão presentes praticando o que aprenderam. Elas ajudarão a multiplicar atividades como escuta ativa e afetiva e o toque para presença e aproximação. Além disso, haverá exercícios de meditação coordenados pelo Instituto Tocar.
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) fazem parte de uma política pública com mesmo nome que pertence ao Sistema Único de Saúde (SUS). Elas abrangem diversas terapias que auxiliam o equilíbrio físico e emocional das pessoas e estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o país.
As PICS contribuem para o processo de transformação e superação das dificuldades enfrentadas por mulheres que têm o desafio de cuidar um familiar doente diariamente, assim como dos filhos e da casa ou se encontram em situação de vulnerabilidade social.
O segundo encontro prático da formação do projeto Conectar Mulheres acontecerá em junho para o Coletivo Filhas da Mãe com práticas de cuidados e autocuidado. Nessa etapa ocorrerá orientação às ONGs, instituições e associações que participam do projeto melhorando o suporte e acolhimento às mulheres assistidas.
A proposta é consolidar a formação e orientar os movimentos sociais a oferecer suporte cada vez mais qualificado às mulheres. A realização dessa etapa terá como foco o combate à violência contra mulheres através de ações educativas, integrativas e afetivas.
O Coletivo Filhas da Mãe, que há quatro anos acolhe cuidadoras familiares de pessoas com demências, entre elas o Alzheimer, convida as mulheres do grupo a participarem da oficina gratuita.
As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas até segunda-feira, dia 08/04 através de mensagem pelo e-mail coletivofilhasdamae@gmail.com ou pelo Instagram @lecalofego.
PS: O Centro Longeviver está situado na Quadra 601, 2º. Andar, no Ed. Providência, Asa Sul, em Brasília.
PS 2: Esta semana aconteceu o lançamento do Relatório sobre Políticas e Sistemas Integrais de Cuidados a Longo Prazo para Pessoas Idosas pela Comissão Econômica para América Latina (CEPAL). Versão em espanhol aqui
Cosette Castro & José Leme Galvão Jr. Brasília – Na próxima segunda-feira, 25/11, completará um…
Cosette Castro Brasília - A semana passada foi intensa em todos os sentidos. Hoje destacamos…
Cosette Castro Brasília - Às vezes, quando ficamos sem palavras frente a uma situação ou…
Cosette Castro & Vicente Faleiros Brasília - A disputa pelo dinheiro público do orçamento da…
Cosette Castro Brasília - Em tempos de negação constante da morte, o filme O Quarto…
Cosette Castro Brasília - Este foi um fim de semana especial. Começou o novembro negro…