Cosette Castro
Brasília – Existem várias maneiras de falar sobre o direito de ocupar a cidade, sobre inclusão, sobre cuidado e envelhecimento saudável. O carnaval é uma delas.
Durante os dias de folia é possível deixar de lado a seriedade e os desafios de ser uma cuidadora familiar, ainda que por poucas horas.
A maior festa popular do país possibilita, além da diversão, olhar para a vida pulsante, para diferentes corpos e fantasias. E brincar na rua em blocos de carnaval, trios elétricos e escolas de samba.
São dias e noites de festa e encontros para todos os gostos e idades. São momentos em que as pessoas se dão ao direito de rir de tudo, inclusive de si mesmas. É pura brincadeira.
De norte a sul do Brasil é possível sair nos diferentes blocos de rua que se espalham pelo país, alguns reunindo mais de 1 milhão de pessoas. O maior bloco do Brasil é o Galo da Madrugada, de Pernambuco que, em 2023, levou 2,3 milhões de pessoas às ruas.
Entre os blocos de carnaval mais famosos estão o Cordão da Bola Preta (RJ), o Olodum (BA) e o Bloco da Preta (SP). No Distrito Federal um dos blocos de rua mais tradicional é o Pacotão, que sai na terça-feira, 12.
Os blocos começam suas atividades em diferentes horários.
No Rio de Janeiro, por exemplo, começam a concentração às 7h da manhã. Já em Brasília começam, em geral, às 10h, mas há blocos em todos os turnos e se estendem até a noite.
É possível brincar também nos trios elétricos. Eles começaram na Bahia nos anos 50 com Dodô e Osmar e se espalharam por todo o país, depois dos anos 80/90, inclusive no Distrito Federal. Ou brincar o carnaval nas escolas de samba. Seja para assistir ou para desfilar.
Durante a folia também há shows que ocorrem em locais pré-determinados pelos governos locais. Em geral, gratuitos. Há ainda quem prefira a segurança dos bailes de clubes. Independente do local, o mais importante é se divertir.
O carnaval é uma festa eclética. Aceita diferentes gêneros musicais. É possível dançar e pular ao som de marchinhas, axé, frevo, samba ou maracatu.
É uma festa tão ampla que dá lugar para pop, groove, salsa, rock, reggae, funk, carimbó, bumba-meu-boi, ijexá, baião ou pagode baiano. E outras misturas musicais.
O mais importante no carnaval é que ele convida a uma pausa no trabalho e nos desafios cotidianos, como o cuidado familiar.
É um tempo onde é possível resistir às dificuldades abrindo espaço para a brincadeira e o riso. Veja aqui a programação no Distrito Federal e aproveite a brincadeira que já vai recomeçar.
PS: O Bloco Filhas da Mãe sairá no domingo pós-carnaval, dia 18 de fevereiro, junto com o Bloco do RivoTrio e o Coletivo dos Blocos da Saúde Mental do Distrito Federal. Aguarde!
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