Cosette Castro
Brasília – Para muitos, o primeiro dia do ano é um dia de preguiça. De não fazer nada. E até de imaginar que o tempo, por algumas horas, parou de existir. É um dia quase como domingo. De descanso.
Mas não é assim para todo mundo. Para cuidadoras familiares, por exemplo, pode ser o dia que será necessário trabalhar mais, porque nem sempre a cuidadora contratada aparece. Pode ser que sequer haja orçamento para pagar uma cuidadora particular.
Pode acontecer que não haja família na mesma cidade. Que ninguém da família tenha aparecido. Ou que ninguém lembre de perguntar se a pessoa que cuida gostaria de começar o ano descansando um pouco.
Assim como as cuidadoras familiares, há outras pessoas invisíveis que garantem a organização e infraestrutura cotidiana da casa, do bairro, da comunidade. Eles são pessoas como os lixeiros, porteiros, síndicos, empregadas domésticas, cuidadoras plantonistas de hospitais. Ou o pessoal de tele-entrega. Entregadores garantem que o remédio que esquecemos de comprar chegue em casa a tempo.
Dia primeiro de janeiro deveria ser um dia de congelar as obrigações. Deveria, mas não é. Ainda assim não impede que renovemos a esperança em dias melhores, com mais saúde, dinheiro, projetos, amores e amizades. Um dia para que os sonhos, novos ou antigos, comecem a se realizar.
No Coletivo Filhas da Mãe olhamos o futuro sem esquecer o passado recente. Por isso, neste primeiro do ano, escolhemos algumas fotos para compartilhar nossos desejos de um feliz 2024 com você. Ao seu lado.
1. Desejamos muita música para você. A música é a última memória que se perde
Parceiro Café com Chorinho, Parque Olhos D´Água, Brasília
2. Desejamos que você possa contribuir para a construção de uma Sociedade do Cuidado todos os dias
Parceria com o Coletivo Borda Lutas. Sugestões da população
3. Desejamos muita arte na sua vida. A arte cura
Arte de rua realizada para o Setembro Roxo 2023 em Brasília. Local: Beco da Inclusão, Quadra 507 Sul
4. E convidamos você a caminhar conosco em 2024
Caminhada solidária de combate a violência contra as mulheres, Parque das Garças, Brasília
E você o que deseja para 2024?