Ana Castro & Cosette Castro
Brasília – Faltam poucos dias para começar o Setembro Roxo, mês mundial de conscientização sobre as demências. Entre ela, a mais conhecida é a Doença de Alzheimer (DA) que representa 60 a 70% dos casos.
A cada três segundos uma pessoa é diagnosticada com Alzheimer no mundo. Além do Alzheimer, existem outros tipos de demências, nome genérico das doenças neurodegenerativas, como por exemplo, a Demência Vascular ou a Demência Fronto Temporal. E também existem os casos mistos, envolvendo mais de uma doença ao mesmo tempo.
Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2021) apontam a existência de 55 milhões de pessoas enfermas no mundo. Estima-se que esse número poderá chegar a 78 milhões em 2030 e a cerca de 139 milhões até 2050. Estamos frente a um grande desafio de saúde mental em nível mundial.
Em países com desigualdade social, como o Brasil, este problema de saúde pública é mais complexo. Aproximadamente 70% dos casos ainda não foram diagnosticados, de acordo com o Ministério da Saúde.
A maior parte dos casos se manifesta entre mulheres que sofrem direta ou indiretamente com as demências. Indiretamente desde cedo elas são sobrecarregadas física e emocionalmente ao realizar atividades gratuitas de cuidado.
As demências se manifestam com mais frequência entre pessoas acima de 65 anos. Mas podem ocorrer abaixo dessa idade.
Diferente do que a maioria das pessoas acredita, os quadros demenciais podem acontecer também entre pessoas mais jovens, com idade a partir de 38, 40 anos.
Os casos que acometem jovens adultos representam 7% dos diagnósticos e são chamados de demências precoces. Em geral levam entre oito e dez anos para serem diagnosticados. Até lá, esse grupo populacional e seus familiares sofrem pela desinformação e por tratamentos inadequados.
A falta de preparo sobre demências por uma parte significativa dos profissionais de saúde, a falta de informações sobre demências entre a população e o preconceito sobre envelhecimento pioram a situação existente no Brasil.
Aguardamos com urgência a aprovação de uma Política Nacional sobre Demências que inclua quem cuida de quem cuida. Queremos a prevenção da saúde física e emocional das cuidadoras familiares, inclusive durante o processo de envelhecimento. E a redução ou compensação das horas de cuidado não remunerado.
SETEMBRO ROXO
Para contribuir com o aumento das informações sobre demências e prevenir a saúde de quem cuida, organizamos no Setembro Roxo 2023 uma programação diversificada com diferentes parceiros. Entre elas:
1. Atividades científicas com informações sobre demências, envelhecimento saudável e sobre cuidado e autocuidado
2. Atividades físicas de prevenção e promoção da saúde
3. Atividades culturais para estimular a saúde mental na Asa Sul e Norte.
Como a memória musical é a última a se perder, vamos abrir o Setembro Roxo com um Piquenique Musical. O evento vai acontecer no Parque Olhos D’Água (413 Norte), no domingo, dia 03 de setembro, das 10h às 12h, em Brasília.
O evento gratuito será realizado em parceria com o Coletivo Café com Chorinho. Traga sua família, canga ou cadeira e lanche e se delicie com o chorinho brasiliense.
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