Nem Tudo é Comemoração

Publicado em políticas públicas

Ana Castro & Cosette Castro

Brasília – No dia em que Brasília completa 63 anos há comemorações em diferentes lugares da cidade. O aniversário, cuja agenda começou no domingo, dia 16, se estende com programação no sábado e no domingo, dia 23.

A Capital Federal está em festa, com uma vasta agenda para diferentes gostos com horários. Veja a programação completa aqui. Os festejos incluem, por exemplo, maratona que foi realizada às 7h da sexta-feira, dia 20, shows na Torre de TV, programação infantil nos três dias e atividades no Espaço Cultural Renato Russo.

Para presentear a cidade, trouxemos uma foto do tempo em que o Congresso Nacional ainda estava sendo contruído. Essa e outras fotos podem ser encontradas no Arquivo Público do Distrito Federal com livre acesso ao público.

Nem Tudo é Comemoração

Mas nem tudo é festa e comemoração. Pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) divulgada esta semana mostra que Brasília e o Distrito Federal não são locais amigáveis para as pessoas idosas segundo 60% dos participantes.

Eles apontam problemas com as calçadas, com buracos e irregularidades que aumentam o risco de quedas entre os que moram no Plano Piloto e nos Lagos Sul e Norte. Já nas demais Regiões Administrativas (RAs), o medo, além das quedas, é o risco de assaltos. Mais informações aqui.

O estudo de 2023 reforça os problemas anunciados no ano passado.

Em 2022,  mais de 900 pessoas 60+ participaram da pesquisa “Percepção dos Idosos Sobre Viver no Distrito Federal”, realizada pelo Observatório de Políticas Públicas do DF (ObservaDF).  O projeto da (UnB) analisa as soluções do governo distrital para os problemas da capital e mostrou que, embora estevissem muito felizes de morar em Brasília, os participantes da pesquisa reclamaram dos serviços públicos. Principalmente os relacionados à mobilidade urbana e segurança.

A qualidade das calçadas com buracos e irregularidades que propiciam quedas era um dos principais problemas citados. A dificuldade de deslocamento na cidade era outro. Sem contar o medo a assaltos que faz com que algumas pessoas 60+ tenham medo de sair sozinhas. Mais informações aqui.

Em tempos de festas e comemorações, fica a pergunta: quais as atividades pensadas para pessoas idosas, algumas com mobilidade restrita, e para pessoas com deficiência, independente da idade?

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