Ana Castro & Cosette Castro
Brasília – Nesta edição tratamos de dois temas relacionados à saúde que invadem o noticiário e modificam o cotidiano das famílias brasileiras.
O primeiro tema diz respeito ao Covid-19 e as consequências que seguem aparecendo após o período de recuperação. O segundo trata da pesquisa sobre o perfil da pessoa com demência e de seus cuidadores e cuidadoras proposta pelo Coletivo Filhas da Mãe em parceria com o Fórum da Sociedade Civil em Defesa da Pessoa Idosa, que foi lançada na semana passada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
Vamos por partes, começando pelo Covid-19…
Em tempos em que o governador do Distrito Federal anuncia o fim do uso das máscaras em locais públicos a partir do dia 07 de março, vale recordar que o Brasil teve oficialmente mais de 650 mil mortes por um vírus que causou o desaparecimento de familiares de diferentes gerações.
Mas as consequências do Covid-19 foram além do número de pessoas mortas. A pandemia vem deixando pessoas com sequelas de curto, médio e longo prazo. E segue instigando equipes de saúde do mundo inteiro a investigar essas consequências que mudam de acordo com as variantes do vírus.
É o chamado período pós-covid que pode estender-se por longos meses até que a chamada “volta a normalidade” seja possível. Aos poucos e com ajuda profissional, já que os sintomas variam de acordo de pessoa para pessoa.
Mesmo pacientes da variante ômicron, uma das manifestações mais leves da doença entre pessoas que já haviam tomado duas ou três doses da vacina, têm relatado diferentes sintomas. Entre eles está o cansaço, a fadiga, a perda da memória recente e a insônia.
Andar pela casa noite após noite, por exemplo, pode gerar outras sequelas físicas e mentais, além de aumentar o cansaço, a fadiga, a perda da memória e outras dificuldades cognitivas.
Outros problemas têm sido relatados, deixando de se tratar de apenas casos individualizados. Por isso, sugerimos procurar ajuda especializada. O Hospital Sara Kubitscheck, por exemplo, vem atendendo casos de sequelas neurológicas desde 2021. O Hospital Universitário de Brasília (HUB) tem tratado problemas respiratórios, assim como o HRAM e o Hospital Regional de Taguatinga.
Pesquisa Sobre o Perfil da Pessoa Idosa e Seus Cuidadores no DF
Desde o começo de março está circulando no Distrito Federal o link de cadastramento para que cuidadoras e cuidadores familiares e profissionais participem da pesquisa que vai traçar o perfil da pessoa com demência (diagnosticada ou em fase de diagnóstico) e também o perfil dos cuidadores e cuidadoras.
Trata-se de uma pesquisa inédita que também vai mostrar os serviços públicos existentes e as demandas por cuidado. O estudo vai ser realizado em três etapas nas diferentes regiões administrativas do Distrito Federal durante 2022.
Ao se cadastrar, cuidadoras e cuidadores familiares e profissionais podem escolher se querem responder a pesquisa presencialmente, por telefone ou online. Além disso, informam qual o melhor período do dia para participar do estudo.
Apesar do alto número de tentativas de cadastramento na semana de lançamento da pesquisa, ocorreram problemas de finalização.
Por isso, caso você não tenha recebido uma mensagem confirmado o cadastramento com sucesso, solicitamos que refaça o cadastro no link a seguir: http://qc.codeplan.df.gov.br/index.php/265272?lang=pt-BR&utm_source=Idosos+com+Dem%C3%AAncia
Se você ainda não se cadastrou, tem até o dia 10 de março para participar.
A pesquisa que vai traçar o perfil de pessoas com demência e de seus cuidadores e cuidadoras têm validade apenas no Distrito Federal, mas esperamos que sirva de exemplo e estímulo para estudos em outras regiões do país.