Ana Castro & Cosette Castro
Brasília – Em um Brasil rodeado por coronavírus por todos os lados, há uma ilha de saúde onde a população foi vacinada em massa.
Ela está localizada no interior de São Paulo. Chama-se Serrana, um município de 45 mil habitantes localizado perto de Ribeirão Preto. Lá, mais de 80% da população acima dos 18 anos já foi imunizada com a segunda dose contra o covid-19. A cidade foi selecionada para um estudo do Instituto Butantan que visava comprovar a eficácia da Coronavac em populações inteiras.
O município se tornou o sonho de todas brasileiras e brasileiros que ainda não podem respirar aliviados em meio à pandemia de Covid-19. Ou seja, 79% da população que não teve acesso à segunda dose e da maioria das pessoas que sequer estão na fila para receber a primeira dose.
Depois da vacinação massiva em março, abril e maio, Serrana teve uma queda de 95% das mortes. Não há mais filas nos hospitais, nem espera para leitos.
Enquanto isso, outros 25 municípios vizinhos, como Ribeirão Preto e Franca, que não vacinaram suas populações, enfrentam medidas rígidas para impedir a circulação do vírus e a sobrecarga na rede hospitalar.
Em meio ao êxito de Serrana, o país chora os 461 mil mortos oficiais e convive com a lenta recuperação dos sobreviventes que, muitas vezes, seguem com sequelas, algumas pouco conhecidas.
No restante do Brasil, os hospitais continuam superlotados. O SUS, mesmo com orçamento reduzido pelo governo federal, segue trabalhando com sobrecarga. Entre a população, apenas 10,4% já tomou a segunda dose em um país com 214,5 milhões de habitantes.
Enquanto isso, a autoridade máxima do país segue viajando, desfilando sem máscara, incentivando aglomerações e falando mal das vacinas. Como se fosse pouco, o Ministério da Saúde anunciou um “novo” plano nacional de vacinação, mas sem garantir vacinação em massa, nem proteção para toda população. Seguimos desprotegidos.
Por isso, o Coletivo Filhas da Mãe se juntou a outras vozes em todo o país e lançou oficialmente, durante o IV Sarau Virtual, no dia 22 de maio a campanha #queremosvacinajá. Tanto para as cuidadoras familiares, informais e profissionais, que ainda não tiveram direito à vacina, mesmo convivendo com pessoas idosas, como para toda a população.
O primeiro vídeo foi ao ar no dia 28 de maio, convidando mais pessoas a entrar na campanha nacional. A ideia é mobilizar cuidadoras e cuidadores familiares, assim como apoiadores do Coletivo Filhas da Mãe, representantes de grupos de apoio e profissionais da área para incentivar as pessoas a se vacinarem na primeira e segunda dose. E para dizer bem alto que todas as pessoas têm direito a vacina já.
Acreditamos que, para garantir a saúde das brasileiras e brasileiros, independente da idade, é preciso vacinar em massa toda a população urgentemente, como ocorreu, por exemplo, este ano nos Estados Unidos. Antes que chegue a terceira onda de Covid-19 , prevista para junho por cientistas. E antes que o inverno fique mais rígido nas regiões Sul e Sudeste. fragilizando ainda mais a população.
Convidamos você também a participar conosco da campanha #queremosvacinajá.
Para participar da campanha, grave um vídeo de até um (1) minuto, com o celular na horizontal, em local iluminado, contando por que você considera importante a vacina para sua família e para toda população.
Você pode fazer contato conosco falando do seu interesse em entrar na campanha #queremosvacinajá através dos comentários disponíveis no final desta página. Role a página até onde aparece: deixe sua resposta. Também pode entrar em contato conosco pelo Facebook Filhas da Mãe Coletivo ou pelo Instagram @blocofilhasdamãe.
Cosette Castro & José Leme Galvão Jr. Brasília – Na próxima segunda-feira, 25/11, completará um…
Cosette Castro Brasília - A semana passada foi intensa em todos os sentidos. Hoje destacamos…
Cosette Castro Brasília - Às vezes, quando ficamos sem palavras frente a uma situação ou…
Cosette Castro & Vicente Faleiros Brasília - A disputa pelo dinheiro público do orçamento da…
Cosette Castro Brasília - Em tempos de negação constante da morte, o filme O Quarto…
Cosette Castro Brasília - Este foi um fim de semana especial. Começou o novembro negro…