O deputado distrital Chico Vigilante (PT) promoveu, nesta segunda-feira (10/8), uma transmissão ao vivo para debater a proposta do Governo do Distrito Federal de implementar estacionamento pago e rotativo no Plano Piloto (batizada de Zona Verde).
Participaram da discussão Sérgio Bueno, presidente do Conselho Comunitário da Asa Norte (CCAN); o presidente do Conselho Comunitário da Asa Sul, José Daldegan; e Maria Rosa Ravelli Abreu, coordenadora do projeto de extensão Cidade Verde da Universidade de Brasília.
O parlamentar alega que o projeto não promoverá, ao contrário do que defende o GDF, melhoria do transporte público. “A impressão que eu tenho é de que é um projeto feito para aumentar a arrecadação”, criticou.
Uma das principais reclamações dos líderes comunitários que participaram da transmissão é a cobrança pelas vagas em áreas residenciais. O projeto inicial prevê gratuidade de um espaço por apartamento.
Além disso, reclamam da deficiência do transporte local. “Nós não temos um plano de mobilidade que seja feito dentro de um princípio de sustentabilidade. O que é ofertado hoje são ônibus com qualidade ruim e metrô insuficiente”, argumentou Sérgio Bueno.
O Executivo defende que a mudança para o modelo rotativo e pago é fundamental para incentivar o uso do sistema coletivo e para facilitar o fluxo nessas regiões. A proposta está aberta para consulta pública até 14 de agosto.
O projeto apresentado pelo governo dividiu os estacionamentos em quatro grupos. Foram batizadas de Ipê Amarelo as áreas onde há majoritariamente comércios, residências e imóveis de uso misto nas asas Sul e Norte, Sudoeste, SIG e SIA. O custo previsto é de R$ 2 por hora para carros, com período máximo de 2 horas. O valor é o mesmo para o Eixo Monumental (Ipê Rosa, com permanência máxima de 12 horas) e para os bolsões próximos a estações de transporte público (Ipê Branco, sem limite de tempo). Motos pagam R$ 1 nos setores Ipê Amarelo e Rosa e são isentas no Ipê Branco.
O valor mais alto ficará para o grupo chamado de Ipê Roxo, no qual estão inseridos os setores — nas regiões Norte e Sul — bancários, comerciais, Hoteleiro, de Rádio e Televisão, de Autarquias e Médico Hospitalar. Carros pagarão, se a iniciativa do GDF prosperar, R$ 5 e motos, R$ 2,50. O limite de permanência é de 5 horas. Com a cobrança em áreas residenciais, cada apartamento terá direito a uma vaga gratuita.
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